Fonte:http://www.publicdomainpictures.net/view-image.php?image=76628&picture=chapeuzinho-vermelho
Ao lado da estrada que ia para a vila, havia uma casinha muito bem cuidada. Todos que passavam admiravam a ordem e a limpeza do lugar: a casa estava sempre bem varrida, havia vasos de gerânios na janela, e um cheiro bom de comida gostosa saía pela chaminé. Naquela casinha, junto com a mãe, morava Chapeuzinho Vermelho, uma menina muito boazinha. Tinha esse nome porque usava sempre uma capinha vermelha com um capuz, que lhe ficavam muito bem, deixando-a ainda mais corada e viçosa. A avó de Chapeuzinho Vermelho, que morava sozinha do outro lado da vila, ficava muito contente quando a neta ia visitá-la. Chapeuzinho Vermelho gostava de brincar no jardim, ao redor da casa, onde havia sempre borboletas esvoaçando entre as flores e passarinhos cantando nos arbustos.
O gato
também brincava com ela, mas, quando sentia cheiro de comida, ele entrava
correndo e ficava rodeando a mãe de Chapeuzinho Vermelho, até ganhar algum
bocado.
Um dia, a
mãe de Chapeuzinho fez umas coisas gostosas e chamou a menina: — Filhinha venha
cá. Apronte-se para sair.
— Hum! Esse
bolo deve estar uma delícia! Posso provar um perguntou Chapeuzinho Vermelho.
— Não minha
filha, há outro para nós. Este eu fiz para sua avozinha, que está doente, de
cama. Você vai até a casa dela, levar o bolo, estas rosquinhas e este pote de geleia
— disse a mãe de Chapeuzinho, Vermelho, arrumando tudo numa cesta e cobrindo
com um guardanapo.
Depois
entregou a cesta à menina, dizendo:
— Tenha
cuidado, minha filha. Não vá pelo caminho da floresta…
— Já sei. Mamãe
— interrompeu Chapeuzinho — O caminho da floresta é muito perigoso. É melhor ir
pela estrada que atravessa o campo.
— Isso
mesmo, minha filha. E não fale com estranhos!
— Já sei —
disse a menina.
Não devo falar com desconhecidos, principalmente com o lobo, porque ele é muito mau.
Não devo falar com desconhecidos, principalmente com o lobo, porque ele é muito mau.
— E gosta de
comer crianças!
— Não me
esquecerei — prometeu Chapeuzinho Vermelho.
Chapeuzinho Vermelho partiu contente: ia dar
um belo passeio.
Havia
borboletas pelo caminho, e às vezes algum coelhinho cruzava a estrada, correndo
de um lado para outro.
Chapeuzinho Vermelho distraiu-se com as borboletas. Viu uma amarela, brilhante, e foi seguindo-a.
Chapeuzinho Vermelho distraiu-se com as borboletas. Viu uma amarela, brilhante, e foi seguindo-a.
A borboleta
pousou numa moita de margaridas-do-campo, tão lindas que a menina resolveu
colher um buquê para levar à avó.
Havia muitas,
cobrindo o chão como um tapete. Colhendo uma aqui, outra ali, Chapeuzinho foi
entrando na floresta sem perceber.
Dona Coruja,
acordando com aquela imensa folia reclama — Que é isso? Dançando! Não sabem que
durmo de dia?!
E o
coelhinho diz: — Bom dia! Correm os bichos da floresta: tatu, veado, paca e
cutia, recebendo a menina em festa.
— Chapeuzinho Vermelho, você não devia ir pela
outra estrada? — perguntou a coruja.
— Eu? Sim… é
que… estava colhendo flores para fazer um ramo para a vovozinha.
A coruja
tornou a falar:
— Cuidado,
Chapeuzinho Vermelho! O Lobo Mau anda por aí. Se ele vê você sozinha na
floresta…
A coruja não tinha acabado de falar, e o lobo
saiu de uma. Moita. Tinha o focinho tão grande, os olhos tão acesos os dentes
tão agudos, que metia medo.
Assim que o
viam, os coelhinhos e até as rãs e os sapos saíam correndo.
— Ora, vamos
ver o que está acontecendo por aqui. Sinto cheiro de gente. Quem será? — rosnou
ele.
O lobo
aproximou-se um pouco mais para espiar.
— Ah, é uma
menina! E se não me engano, é Chapeuzinho Vermelho! — disse o lobo para si
mesmo. — Vou chegar mais perto, bem devagar, para não assustar a menina.
— Bom dia,
Chapeuzinho, como vai? E o que leva nessa cesta? — perguntou o lobo, com a voz
mais macia que pôde.
A coruja não tinha acabado de falar, e o lobo saiu de uma moita. Tinha o focinho tão grande, os olhos tão acesos os dentes tão agudos, que metia medo.
A coruja não tinha acabado de falar, e o lobo saiu de uma moita. Tinha o focinho tão grande, os olhos tão acesos os dentes tão agudos, que metia medo.
Assim que o
viam, os coelhinhos e até as rãs e os sapos saíam correndo.
— Ora, vamos
ver o que está acontecendo por aqui. Sinto cheiro de gente. Quem será? — rosnou
ele.
O lobo
aproximou-se um pouco mais para espiar.
— Ah, é uma
menina! E se não me engano, é Chapeuzinho Vermelho! — disse o lobo para si
mesmo. — Vou chegar mais perto, bem devagar, para não assustar a menina.
— Bom dia,
Chapeuzinho, como vai? E o que leva nessa cesta? — perguntou o lobo, com a voz
mais macia que pôde.
— Vou à casa
da vovozinha, levar-lhe um bolo, rosquinhas e geleia que a mamãe fez.
— E onde
mora sua avozinha?
— A
vovozinha mora perto do moinho, na última casa da vila. Mas por que você quer
saber? — perguntou a menina.
— Bem… é
que… Vamos fazer uma aposta? — disse o lobo, mudando de assunto.
— Que
aposta? — perguntou a menina, desconfiada.
— Vamos ver
quem chega lá primeiro? E sem esperar resposta, o lobo saiu correndo pela
floresta.
Chapeuzinho Vermelho não imagina que o lobo
tivesse um plano, que só mesmo um lobo muito mau poderia ter. Num instante o
lobo tinha chegado à casa da avozinha, enquanto Chapeuzinho Vermelho se demorava
pelo caminho, colhendo flores e seguindo o voo das borboletas.
— Preciso
dar um jeito de entrar sem que a velha desconfie de nada. Vou bater à porta
como se fosse Chapeuzinho Vermelho.
— Tóc, tóc,
toc!
— Quem é? —
perguntou a avozinha.
— Sou eu.
Chapeuzinho Vermelho! — respondeu o lobo, imitando a voz da menina.
— Que
aconteceu com você Chapeuzinho? Porque está com a voz tão grossa? — perguntou a
boa velhinha
— E que… eu
estou rouca! Respondeu o lobo.
— Entre,
querida, — disse a avó. — A porta está aberta.
O lobo não
esperou segundo convite. Entrou correndo e de um salto atirou-se sobre a pobre
avozinha, e a engoliu inteira, sem mastigar. A velhinha nem teve tempo de
perceber o que estava acontecendo.
Depois o lobo pôs na cabeça a touca da
velhinha e enfiou-se debaixo das cobertas, fingindo que era a avó, e ficou
esperando Chapeuzinho Vermelho.
Dali a pouco
chegou a menina, com um belo ramo de flores. Bateu à porta alegremente, e
entrou, dizendo:
— Olhe vovó,
que lindas flores colhi no caminho para lhe trazer!
— Oh,
obrigada! Mas o que você tem aí na cesta? — perguntou o lobo.
— Que é
isso, vovozinha? Você está com a voz tão grossa!
— Oh, não é
nada! E porque estou doente! — disse o lobo.
— Trouxe-lhe
um bolo, rosquinhas e geleia, que a mamãe mandou — disse Chapeuzinho Vermelho.
— Sim,
querida. Ponha tudo em cima da mesa e venha sentar aqui, perto de mim.
Quando
Chapeuzinho Vermelho aproximou-se da cama, achou que a avó estava muito
esquisita naquele dia.
— Vovó, como
seus braços estão peludos hoje! E como são compridos! — disse a menina,
assustada.
— São para
abraçar você — respondeu o lobo.
— E que
orelhas enormes! — tornou a dizer a menina.
— São para
ouvir tudo que você diz — respondeu o lobo.
— Mas que
olhos tão grandes, vovó!
— São para
ver como você é bonita! — disse o lobo.
— Mas, vovó,
que dentes grandes e afiados você tem!
— São para
comer você! — disse o lobo. E saltou da cama sobre a menina.
Mas o lobo,
com a avó dentro da barriga, estava muito pesado. Não conseguiu dar o pulo de
sempre, e enroscou as pernas na colcha da cama. Chapeuzinho teve tempo de fugir
e esconder-se dentro do guarda-roupa. O lobo tentou abrir pelo lado de fora,
mas não conseguiu.
— Essa não!
— resmungou ele. — Eu queria comer a menina de sobremesa!
O lobo
sentou na frente do guarda-roupa para esperar a menina sair de lá. Mas logo
sentiu sono e resolveu deitar na cama da avó para dormir.
O lobo,
quando dormia, costumava roncar alto. Estava roncando, fazendo um barulhão,
quando passou por ali um caçador. Curioso, o homem abriu a janela da casa para
ver o que estava acontecendo lá dentro.
Desconfiado,
não acredita:
— Essa não é
a Vovozinha. Lobo de touca, laço e fita? É porque engoliu a velhinha!
Vou matá-lo
com um tiro certo. Faço uma boa pontaria… E era uma vez um lobo esperto, que de
maldade morria!
Com um tiro
certeiro, o caçador matou o lobo.
— Há muito
tempo eu queria fazer isto! — exclamou. — Finalmente, chegou o dia…
Quando o
caçador entrou na casa, Chapeuzinho Vermelho saiu de guarda-roupa e contou o
que tinha acontecido. Mais que depressa o caçador abriu a barriga do lobo com
uma enorme tesoura. A avozinha pulou para fora, vivai Só estava um pouco
sufocada:
— Que susto!
— exclamou a velhinha. — Estou até com falta de ar.
Chapeuzinho
Vermelho abraçou a avó, dizendo:
— Agora pode
ficar sossegada, vovozinha, não há mais perigo.
As duas
agradeceram ao caçador por ter salvado a avozinha a tempo. Depois o convidaram
para comer, junto com elas, o bolo e, os doces que a mãe de Chapeuzinho Vermelho
mandara.
Quando os
moradores da vila souberam que o lobo tinha morrido, ficaram muito contentes.
Mas quem
ficou mais feliz ainda, foram os coelhinhos, os cervos e todos os bichinhos da
floresta.
E desse dia
em diante, Chapeuzinho Vermelho pode correr atrás das borboletas e colher
flores, sem medo do lobo.
Fim.
Fim.
Existem
várias versões dessa história, tive que pesquisar muito para encontrar a da
minha infância e que considero a mais bonita e edificante.
Através da
contação de histórias, pais, educadores e cuidadores, permitem que as crianças
elaborem suas emoções e conflitos na identificação com os personagens e
principalmente quando percebem que o bem sempre vence.
No caso de
Chapeuzinho Vermelho, além de ser uma história encantadora, fica evidente que
no momento em que ela desobedece aos conselhos da mãe, fica exposta aos perigos
da vida, não tendo ainda maturidade e discernimento para saber compreender as
situações de risco.
Pedófilos costumam
atrair as crianças como o “lobo mau”, aparentando bondade e enganando com
falsas promessas. Por tudo isto, gosto dessa historinha por seu conteúdo de
respeito e obediência aos pais, porque ainda não tendo maturidade para entender
o significado mais profundo que traz, a criança absorve e retém no inconsciente
a “moral da história”.
Música de Braguinha:
Pela Estrada
A Fora
Pela estrada
a fora, eu vou bem sozinha
Levar esses
doces para a vovozinha
A estrada é
longa, o caminho é deserto
E o lobo mau
passeia aqui por perto
Mas à
tardinha, ao sol poente
Junto à
mamãezinha dormirei contente
Atividade:
Perguntar qual a parte da história
que mais gostaram e por que.
O que fariam no lugar de Chapeuzinho
vermelho iriam desobedecer aos conselhos da mãe?
A mãe dela tinha razão quando indicou
o caminho mais seguro e mandou tomar cuidados com o Lobo Mau? Por quê?
E por fim, solicitar que cada um conte
o que aprendeu com a história.
Tema abordado: Obediência.
Um comentário:
Um amor essa história e pode abordar bem o tema obediência! Adoro a musiquinha! bjs, tudo de bom,chica
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