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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

O Leão e o Rato.

Fonte da imagem: google.

Estando o Leão dormindo, alguns Ratos brincavam em torno dele. Em dado momento, pularam em cima, acordando-o. O Leão pegou um deles com a intenção de matá-lo, mas como o Rato pedia insistentemente, acabou soltando-o. Passado pouco tempo, o Leão caiu em uma rede que os caçadores haviam armado, ficando preso apesar de suas forças. O Rato, sabendo do ocorrido, foi até a armadilha e com muito empenho começou a roer as cordas, até que, rompendo a armadilha, o Leão ficou livre, como recompensa pela misericórdia que tivera.

Esopo.

Moral da história: agradecer o bem com o bem. 

Origami de rosto de rato.


Imagem google.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Pai Nosso que estais no céu.

Fonte da imagem: 
https://pixabay.com/pt/al%C3%A9m-morte-f%C3%A9-c%C3%A9u-deus-religi%C3%A3o-3265854/


Tema: Deus. Pai Nosso que estais no céu
 
Pedrinho, pensando naquela prece que Jesus havia ensinado, ficou imaginando como era difícil chegar até o lugar onde está o ‘Pai do céu’.
Será que lá do alto do Edifício Itália, que ele sabia que era o prédio mais alto da cidade, ele conseguiria alcançar o céu? E pediu ao papai:
– Você me leva lá no Edifício Itália, bem lá no alto, no último andar?
Papai achou engraçado o pedido de Pedrinho, mas prometeu que assim que pudesse o levaria até lá.
Num sábado de manhã, a família toda foi ao Edifício Itália. Pedrinho, Anita e o papai entraram no elevador. Pedrinho disse ao ascensorista: “último andar”. E lá se foram, cada vez mais alto, mais alto.
“Devemos estar pertinho do céu”, pensou o garoto satisfeito. Mas, ao chegarem lá em cima, viu que o céu estava ainda mais alto.
 “Não deu certo”, pensou ele. “É, não consegui chegar até o lugar onde fica o ‘Pai do céu’.”
Mas quando Pedrinho queria alguma coisa, não desistia facilmente. Ele queria dar um jeito. Já tinha ouvido o papai contar que o Pico do Jaraguá era um morro muito alto, perto da entrada da cidade, mais alto que qualquer edifício. As pessoas podiam ir até lá, passear e admirar a vista. Devia ser lá que estava o ‘Pai do céu’.
Falou com a mamãe e ela achou boa a ideia de fazerem um piquenique no Pico do Jaraguá. Preparou um lanche gostoso. O domingo era bonito e lá se foi toda a família para o Pico do Jaraguá: Pedro, Anita, o nenê e o papai. No caminho viram lindas flores, os pássaros cantando, uma aguinha fresca correndo e o sol brilhando, a iluminar tudo. Pedrinho queria ir alto, muito alto, cada vez mais para cima, até onde a nuvem parecia encostar no alto do morro. Subiram, subiram, mas ao chegar lá no alto o céu parecia estar mais longe...
Como era difícil alcançar o ‘Pai do céu’.
Chegou um dia em que Pedrinho pulou mesmo de tão contente: papai chegou em casa e avisou que iriam visitar tia Dorotéia, que morava em Brasília. Mas o mais importante e mais gostoso é que iriam de avião. Sim senhor, de avião.
Além da beleza da viagem, Pedro tinha outro motivo para tamanha alegria. Agora sim, iria até o céu... onde morava o ‘Pai do Céu’.
 O avião decolou. Suas rodas não encostavam mais no chão e ele começou a voar como um pássaro. Mais alto, sempre mais alto. Tão alto, que as nuvens ficavam abaixo dele. Pareciam um colchão branco, bem fofo e macio. Agora sim, estavam chegando ao céu, na casa do ‘Pai do céu’. Mas, quando Pedro olhou para cima, o céu ainda estava muito longe...
 Agora sim, nem de avião conseguiu chegar no céu... E os astronautas, iriam até o céu? Resolveu perguntar ao pai:
– Não meu filho, os astronautas não chegaram ao céu porque o céu não tem fim, está sempre mais alto.
– Mas então, papai, onde mora o ‘Pai do céu’?
 Foi aí que o pai compreendeu por que o Pedrinho tinha querido ir ao alto do edifício Itália, por que tinha pedido para subir no Pico da Jaraguá e por que ficara tão entusiasmado com a viagem de avião. Pedrinho estava procurando o ‘Pai do céu’.
 Papai sorriu, passou a mão pela cabeça de Pedro e lá do alto em cima das nuvens, voando como pássaro, explicou:
– Deus, nosso Pai, está em todas as coisas que Ele cria, naquilo que Ele faz. Está nas plantinhas, nas flores, nos pássaros e, principalmente, em nossos corações. O céu, Pedrinho, é o coração das pessoas, quando fazem as coisas que Jesus ensinou, quando conversam com o ‘Pai do céu’, na prece.
Deus é como o sol que nos aquece, nos dá luz e vida. Quando fechamos a porta de nosso coração e ele não pode entrar, tudo fica escuro e feio por dentro de nós, mas quando abrimos o nosso coração, o ‘Pai do céu’ entra, de mansinho, como este raio de sol que você está vendo lá no alto, e nós sentimos o céu dentro de nós, dentro do nosso coração, onde mora o ‘Pai do Céu’.

Texto de Cândida Chirello. 

Atividade: AQUI

Fonte: http://www.oconsolador.com.br/ano12/584/criancas.html

terça-feira, 24 de julho de 2018

A Bruxa e o Caldeirão.

Fonte da imagem: https://pixabay.com/pt/casa-da-bruxa-a-bruxa-halloween-836849/

Quando preparava uma sopa com uns olhinhos de couve para o jantar, a bruxa constatou que o caldeirão estava furado. Não era muito, não senhor. Um furo pequeníssimo, quase invisível. Mas era o suficiente para, pinga que pinga, ir vertendo os líquidos e ir apagando o fogo. 
Nunca tal lhe tinha sucedido.
Foi consultar o livro de feitiços, adquirido no tempo em que andara a tirar o curso superior de bruxaria por correspondência, folheou-o de ponta a ponta, confirmou no índice e nada encontrou sobre a forma de resolver o caso. Que haveria de fazer? Uma bruxa sem caldeirão era como padeiro sem forno. De que forma poderia ela agora preparar as horríveis poções? 
Para as coisas mais corriqueiras tinha a reserva dos frascos. Mas se lhe aparecia um daqueles casos em que era necessário preparar na hora uma mistela? Como o da filha de um aldeão que engolira uma nuvem e foi preciso fazer um vomitório especial com trovisco, rosmaninho, três dentes de alho, uma semente de abóbora seca, uma asa de morcego e cinco aparas de unhas de gato. Se a moça vomitou a nuvem? Pois não haveria de vomitar? Com a potência do remédio, além da nuvem, vomitou uma grande chuvada de granizo que furou os telhados das casas em redor.
Era muito aborrecido aquele furo no caldeirão. Nem a sopa do dia-a-dia podia cozinhar. Mantinha-se a pão e água, que remédio, enquanto não encontrasse uma forma de resolver o caso. Matutou dias seguidos no assunto e começou a desconfiar se o mercador que lhe vendera o caldeirão na feira há muitos anos atrás a não teria enganado com material de segunda categoria. A ela, bruxa inexperiente e a dar os primeiros passos nas artes mágicas, podia facilmente ter-lhe dado um caldeirão com defeito.
Decidiu então ir à próxima feira e levar o caldeirão ao mercador. Procurando na secção das vendas de apetrechos de cozinha, a bruxa verificou que o mercador já não era o mesmo. Era neto do outro e, claro, não se lembrava – nem podia – das tropelias comerciais do seu falecido avô. Ficou desapontada. Perguntou-lhe, todavia, o que podia fazer com o caldeirão furado. O mercador mirou-o, remirou-o, sopesou-o com ambas as mãos e disse:
 – Este está bom é para você pôr ao pé da porta a fazer de vaso. Com uns pés de sardinheiras ficava bem bonito. A bruxa irritou-se com a sugestão e, não fosse a gente toda ali na feira a comprar e a vender, transformava-o em onagro. Acabou por dizer: – A solução parece boa, sim senhor. Mas diga-me cá: Se ponho o caldeirão a fazer de vaso, onde cozinho eu depois? – Neste novo que aqui tenho e com um preço muito em conta... A bruxa olhou para o caldeirão que o mercador lhe apontava, sobressaindo num monte de muitos outros, de um brilhante avermelhado, mesmo a pedir que o levassem. A bruxa, que tinha os seus brios de mulher, ficou encantada.
O mercador aproveitou a ocasião para tecer os maiores elogios ao artigo, gabando a dureza e a grossura do cobre, os rendilhados da barriga, o feitio da asa em meia lua, a capacidade e o peso, tão leve como um bom caldeirão podia ser, fácil de carregar para qualquer lado. – Pois bem, levo-o. O mercador esfregou as mãos de contente. – Mas aviso-o – acrescentou a bruxa. – Se lhe acontecer o mesmo que ao outro, pode ter a certeza de que o transformarei em sapo. O mercador riu-se do disparate enquanto embrulhava o artigo.
Os anos foram passando e a bruxa continuou no seu labor. Até que um dia deu por um furo no novo e agora velho caldeirão. Rogou uma praga tamanha que o neto do segundo mercador que lho vendera, a essa hora, em vez de estar a comer o caldo na mesa com a família, estava num charco a apanhar moscas.

Fonte da imagem:amphibian-1298147_960_720


 José Leon Machado Ilustrações de Alexandre Bandeira Rodrigues - Domínio Público.

Atividades: 

Para colorir:





Faça a atividade e depois pinte o desenho.



Escreva  outro final em que a bruxa não faça um feitiço para o mercador e sejam todos felizes. Após faça um desenho livre.




A bruxa do bem
ajuda crianças,
só planta hortaliças,
e canta também.

Enfeita com flores
a casa limpinha
cultiva amores
não fica sozinha.

A bruxa do bem,
cuida de todos,
sem olhar a quem.

Jeanne Geyer

Estimular que as crianças criem poesias ou rimas com o assunto. 
Lembre-se: a criatividade é tudo, mostrar que para tudo existem muitas maneiras de ser e agir.

sábado, 15 de abril de 2017

A MARGARIDA FRIORENTA.

Fonte: Google

 Era uma vez uma margarida em um jardim.
 Quando ficou de noite a margarida começou a tremer.
Fonte: Google


 Ai passou a Borboleta Azul.
 A borboleta parou de voar.
 - Por que você esta tremendo?
 - Frio!
 - Oh! E horrível ficar com frio! E logo em uma noite tão escura!
 A Margarida deu uma espiada na noite.
 E se encolheu nas suas folhas. A Borboleta teve uma ideia:
 - Espere um pouco! E voou para o quarto de Ana Maria.
 -Psiu, acorde!
 - Ah? E você, Borboleta? Como vai?
 - Eu vou bem. Mas a Margarida vai mal.
 - O que e que ela tem?
 - Frio, coitada!
 - Então já sei o remédio. E trazer a Margarida para o meu quarto.
 - Vou trazer já.



A Borboleta pediu ao cachorro Moleque:
 - Você leva esse vaso para o quarto da Ana Maria?
 Moleque era muito inteligente e levou o vaso muito bem.
 Ana Maria abriu a porta para eles. E deu um biscoito para Moleque.
 A Margarida ficou na mesa de cabeceira.
 Ana Maria se deitou. Mas ouviu um barulhinho. Era o vaso balançando. A Margarida estava tremendo.
 - Que e isso?
 - Frio!
 - Ainda? Então já sei! Vou arranjar um casaquinho para você.
 Ana Maria tirou o casaquinho da boneca. Porque a boneca não estava com frio nenhum. E vestiu o casaquinho na Margarida.
 - Agora, você esta bem. Durma e sonhe com os anjos. Mas quem sonhou com os anjos foi Ana Maria. A Margarida continuou a tremer.
 Ana Maria acordou com o barulhinho.
 - Outra vez? Então já sei. Vou arranjar um a casa para você!
 E Ana Maria arranjou uma casa para Margarida. Mas quando ia adormecendo ouviu outro barulhinho.
Era a Margarida tremendo.
 Então Ana Maria descobriu tudo.
 Foi lá e deu um beijo na Margarida.
 A Margarida parou de tremer. E dormiram muito bem a noite toda.
 No dia seguinte Ana Maria disse para a Borboleta Azul:
 Sabe Borboleta? O frio da Margarida não era frio de casaco não!
 E a Borboleta respondeu:
 - Ah! Entendi!


 Autoria: Fernanda Lopes de Almeida.  

Fonte: http://www.cvdee.org.br/evangelize/pdf/3_0382.pdf

Temas: Solidariedade, Carinho, afeto, amor à natureza e aos animais.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O Último Pedido Da Minhoca.

Imagem google.

Em um solo seco e arenoso, surgiu um buraquinho. Neste solo raramente chovia e nada nascia, saiu do buraquinho uma minhoca fraquinha que mal conseguia rastejar.
Naquele solo não havia vegetação, e para viver quase não tinha condição. Com muito esforço, a minhoca percorria persistente atrás de um novo chão.
O lugar mais seguro para uma minhoca é em baixo da terra, do lado de fora existem perigos de montão. Mas isso não desmotivava a pequena minhoca que parecia frágil, mais tinha muita determinação em procurar um novo chão.
Do solo seco de onde a minhoca saiu, todos os vizinhos repetiam sempre a mesma coisa:
- Não seja atrevida, aqui você é minhoca, mas lá fora é comida!
Imagina! A minhoca só procurava uma vida mais tranquila, e no solo seco ela mal sobrevivia. O que há de mal buscar uma nova vida?! Apesar dos riscos, agora do lado de fora ela vivia! Muitas vezes a gente precisa pensar diferente e seguir em frente, para ser feliz, para ficar contente!
Conforme a minhoca se rastejava, um mundo em sua frente se formava e ela ia aprendendo sobre tudo o que encontrava. Fez amizade com vários animais diferentes e que levará para sempre em seu coração. Aprendeu sobre cada estação e viu como a vegetação se transformava. O mundo do lado de fora parecia um espetáculo, uma linda apresentação.
Até que no seu caminho surgiu um passarinho, e a minhoca sabia o que aconteceria, e deu seu último suspiro.
Foi pega pelo passarinho que subiu no alto de um coqueiro. De bico pronto para se alimentar, a esperançosa minhoca tentou conversar:
- Passarinho, deixe-me fazer um último pedido!
O passarinho, mesmo assustado colocou a minhoca de lado:
- Que minhoca mais atrevida, perca a esperança, será comida!
Sem perder tempo, a minhoca fez seu pedido:
- Saí de um solo seco e sem vida, quase sem rastejar, vi de tudo no mundo aqui fora. Fiz minha escolha e não tenho do que reclamar. Mas havia algo que eu nunca tinha visto: como é lindo o mundo visto do bico de um passarinho. Peço que voe comigo por um instante, será meu ultimo pedido.
O passarinho geralmente fica mal humorado quando está esfomeado, mas com um pedido tão nobre, seu coração foi tocado. Com delicadeza ajeitou a minhoca em seu bico e partiu sem rumo.
O que parecia o fim, como foi ao sair daquele buraquinho do solo seco, era mais uma vez um começo. E uma linda amizade se fez.

Moral da história: não se acomode na vida, procure realizar seus sonhos, nunca perca a esperança.


Fonte: https://corujagaratuja.blogspot.com.br/2017/01/historia-infantil-o-ultimo-pedido-da.html#more

sábado, 31 de dezembro de 2016

A abelha abelhuda.

Aquela era uma colmeia comum. Tinha uma rainha, tinha alguns zangões. E tinha muitas, muitas abelhas. Todos trabalhavam juntos para manter a colmeia funcionando. Cada um tinha uma função, e, juntos,transformavam o pólen das flores em mel. Era uma colmeia bastante produtiva – a rainha era rigorosa e todos tinham que cumprir suas funções corretamente. As abelhas, ali, viviam em harmonia. Exceto uma, uma única abelha, que destoava do todo. Era a abelha abelhuda.
A abelha abelhuda era uma ótima funcionária da colmeia: colhia o pólen como poucos. Todos a conheciam e respeitavam seu trabalho. O problema dela não era ser preguiçosa, nem ser relaxada ou negligente. O problema dela era querer ficar abelhando a vida dos outros.
Chamava-se Sol, a abelha abelhuda. E era abelhuda desde sempre: ainda pequena, queria saber da vida dos outros. Agora, já adulta, queria porque queria saber tudo de tudo da vida de todo mundo. Isto, por si só, já era considerado chato pelas outras abelhas. Mas o pior era que ela tirava conclusões precipitadas, e acabava metendo os outros em confusão...
Uma vez, viu a Dora sair mais cedo da colmeia para polinizar as flores. Pronto. Já saiu dizendo que a Dora estava pensando em mudar de colmeia, e por isso estava pesquisando qual a melhor opção. Outra vez, aconteceu com o Luti. Foi vê-lo batendo um papinho com a Marli e já saiu dizendo a quem quisesse ouvir:' você soube? Luti e Marli estão de namoro!' E por aí ia.
As outras abelhas, com o tempo, começaram a ficar muito chateadas com esta situação. Sol fazia fofoca o tempo todo, falava de todo mundo em tempo integral. Imaginava coisas que não tinham acontecido, e sempre falava como se fosse a maior das verdades.
Chegou um ponto em que as outras abelhas da colmeia resolveram que não poderiam mais confiar em Sol. E pararam de falar com ela, simples assim! Ela, que sempre estivera cercada de amigos, de repente encontrava-se sozinha.
Para a sorte de Sol, ela tinha uma sobrinha que era muito espertinha, a Mell. E a Mell ficou com pena de ver sua tia tão isolada. Resolveu, então, chamá-la para uma conversa.



- Tia Sol, o que está acontecendo com você?
- Nada, Mell. Por que?
- Porque você anda sozinha demais.
- Eu sei, tenho andado tão ocupada que mal tenho tido tempo para os meus amigos.
Daí, a astuta menininha falou algo que nenhuma outra abelha tinha tido coragem de dizer à Sol.
- Eu sei, tia. Você anda muito ocupada falando da vida dos outros! Tão ocupada que não percebeu que todos se afastaram de você. Por que você faz isso? 
A tia levou um susto com a honestidade da sobrinha. Nunca tinha cogitado magoar alguém, agira sem pensar. Sua sobrinha, que era de uma sinceridade cortante, concluiu dizendo:
-Eu acho que você deveria se concentrar mais na sua vida do que ficar tentando saber do que se passa na dos outros. E entender que, quando te contam um segredo, é porque confiam em você.
Sol quase caiu para trás ao ouvir isto! Não conseguia se lembrar da última vez em que alguma das outras abelhas lhe contara um segredo. Então não confiavam mais nela? Sol conversou muito com sua sobrinha, que apesar de nova era danadinha e sabia das coisas. Mel deu uma porção de bons conselhos para a tia.

E sabem o que aconteceu? Sol parou de se preocupar com a vida alheia! Se lhe contam um segredo, guarda a sete chaves. Não fica mais abelhuda na vida dos outros, e só fala algo se lhe pedem opinião.
Sol voltou a ser uma abelha muito querida na colmeia, e desde então ensina esta lição: 'se lhe contam um segredo, guardá-lo é sua obrigação.' E todas as abelhinhas são muito felizes naquela colmeia, em que todos são honestos e sinceros uns com os outros.

Fonte:http://umahistorinhapordia.blogspot.com.br/2011/05/abelha-abelhuda.html 

Retirado do Site: https://linguagemeafins.blogspot.com.br/2012/11/a-arvore-de-betoestimulos-natalinos-e.html


Atividades:








Fonte: http://www.portalescolar.net/2011/09/abelhas-50-atividades-e-desenhos-03-de.html

terça-feira, 28 de junho de 2016

O Ganso de Ouro - Conto dos Irmãos Grimm.

Fonte da imagem:http://www.publicdomainpictures.net/view-image.php?image=6458&picture=goose-rock-3

Era uma vez um homem que tinha três filhos. Todo mundo chamava o mais moço de João Bobo, e ria e zombava dele o tempo todo. Um dia, o mais velho resolveu ir à floresta cortar lenha. Antes de sair, a mãe deu a ele um bolo gostoso e uma garrafa de vinho, para matar a fome e a sede. Quando estava no meio do mato, ele encontrou um homenzinho cinzento, que deu bom-dia e disse:
— Estou com tanta fome, e com tanta sede... Por favor, me dê um pedaço desse bolo que você tem no bolso e um pouco do seu vinho.
O filho esperto respondeu:
— Se eu lhe der meu bolo e meu vinho, não vai sobrar nada para mim. Deixe-me em paz.
E deixou o homenzinho parado ali.
Em seguida, começou a cortar uma árvore, mas num instante errou o alvo, acertou o braço com uma machadada e teve que ir para casa fazer curativo. Tudo por artes do homenzinho cinzento.
Depois, o segundo filho também foi para a floresta fazer lenha, e a mãe também lhe deu bolo e vinho, igualzinho a como tinha sido com o mais velho. E ele também encontrou o homenzinho cinzento, que pediu um pedaço de bolo e um pouco de vinho. Mas o segundo filho também quis ser esperto e respondeu:
— Se eu der para você, não sobra para mim. Deixe-me em paz.
E deixou o homenzinho ali parado.
Não precisou esperar muito pelo castigo. Logo nas primeiras machadadas que deu numa árvore, cortou-se na perna e teve que ser carregado para casa.
Aí João Bobo pediu:
— Papai, me deixe ir fazer lenha...
O pai respondeu:
— Seus irmãos bem que tentaram e não conseguiram. É melhor você deixar isso pra lá... Afinal, você não entende nada de cortar lenha.
Mas João Bobo pediu e implorou até que o pai acabou dizendo:
— Muito bem, vá em frente. Se você se machucar, talvez aprenda a lição.
A mãe deu a ele um bolo feito de água e cinzas, e uma garrafa de cerveja choca. Quando ele chegou à floresta, também encontrou o homenzinho cinzento que lhe disse:
— Estou com tanta fome, e com tanta sede... Por favor, me dê um pedaço de bolo e um pouco de vinho.
João Bobo respondeu:
— Eu só tenho bolo de cinzas e uma cerveja choca. Se você não se incomodar, sente aqui comigo e coma e beba à vontade.
Eles se sentaram, mas quando João Bobo pegou o bolo de cinzas, viu que ele tinha virado um bolo finíssimo e muito gostoso, e que a cerveja choca agora era um vinho delicioso. Comeram e beberam e, quando acabaram, o homenzinho disse:
— Como você tem bom coração e divide alegremente com os outros o que tem, vou lhe dar sorte. Está vendo aquela árvore velha lá adiante? Se você a derrubar, vai encontrar uma coisa no meio das raízes.
E foi embora.
João Bobo derrubou a árvore. Quando ela caiu, havia no meio das raízes um ganso com penas de ouro puro. Ele pegou o ganso no colo e foi passar a noite numa hospedaria.
O hospedeiro tinha três filhas que, assim que viram o ganso de ouro, ficaram curiosíssimas para saber mais coisas de um animal tão estranho. Todas cobiçavam as penas de ouro, e a mais velha pensou: na certa eu vou conseguir arrancar uma para mim.
Quando João Bobo foi dormir, ela agarrou a asa do ganso, mas ficou com o dedo e a mão presos, sem conseguir soltar. Pouco depois, chegou à segunda irmã e também só pensou em arrancar uma pena de ouro, mas, assim que tocou sua irmã, ficou presa também. Finalmente, chegou à terceira, com o mesmo objetivo. As outras duas gritaram:
— Fique longe daqui, pelo amor de Deus! Longe daqui!
Mas ela não entendia por que tinha que ficar longe dali, pensando: por que não devo ir onde elas estão?
Correu até elas, tocou a irmã e ficou bem presa. Acabaram tendo todas que passar a noite com o ganso.
Na manhã seguinte, João Bobo pegou o ganso no colo e foi-se embora. Nem reparou nas três moças que estavam penduradas nele, e lá se foram elas correndo atrás dele, ora para a esquerda, ora para a direita, por qualquer caminho que ele cismasse de seguir. Quando passaram correndo por uma estradinha no campo, cruzaram com o padre. Ao ver a tal procissão, ele disse:
— Que horror, garotas! Vocês deviam ter vergonha! Por que vocês estão perseguindo esse rapaz? Acham que isso é bonito?
Dizendo isso, agarrou a mão da mais nova e tentou puxá-la, mas, no momento em que fez isso, também ficou preso e teve que sair correndo junto com os outros. Daí a pouco, encontraram o sacristão. Quando viu o padre correndo atrás das três moças, gritou espantadíssimo:
— Ei, reverendo, aonde é que o senhor está indo com tanta pressa? Não se esqueça: temos um batizado hoje!
Correu atrás dele, agarrou-o pela manga e ficou preso também.
Enquanto os cinco seguiam apressados pela estrada, encontraram dois camponeses que vinham dos campos com suas enxadas. O padre pediu ajuda, mas assim que eles encostaram-se ao sacristão também ficaram presos, e a esta altura já eram sete pessoas correndo atrás de João Bobo e de seu ganso.
— Bem mais tarde, chegaram a uma cidade onde havia um rei cuja filha era tão séria que ninguém conseguia fazê-la rir. Por isso, o rei tinha decretado que o primeiro homem que conseguisse fazer a princesa rir casaria com ela. Quando João Bobo ouviu isso, foi até a presença do rei — com seu ganso e todo o cortejo. Na hora em que a princesa viu aquelas sete pessoas correndo enfileiradas, teve um ataque de riso tão forte que parecia que nunca mais ia parar de dar gargalhadas. Então João Bobo disse que tinha o direito de casar com ela, mas o rei não queria um genro como ele e começou a fazer todo tipo de objeção. Até que acabou dizendo que, para casar com sua filha, João Bobo ia ter que trazer um homem que fosse capaz de beber uma adega inteirinha cheia de vinho.
João Bobo pensou, pensou, e achou que talvez o homenzinho cinzento da floresta pudesse dar alguma ajuda, por isso foi até lá. No lugar onde tinha cortado a árvore, viu um sujeito com um ar muito infeliz, sentado no chão. Quando João Bobo perguntou a ele por que estava tão triste, o homem respondeu:
— Estou com uma sede tão grande que nada faz passar. Acabei de beber um barril inteiro de vinho, mas isso é só uma gotinha para o que eu preciso.
— Eu posso te ajudar — disse João Bobo. — É só vir comigo e se fartar...
Foi com ele até a adega do rei, e o homem começou seu trabalho nos grandes tonéis. Bebeu, bebeu, até ficar com as bochechas doendo, mas antes do dia acabar tinha secado a adega inteira.
Mais uma vez, João Bobo foi reclamar seu direito, mas o rei relutava tanto em deixar que um idiota conhecido como João Bobo casasse com sua filha que acabou pensando em outra condição: agora queria um homem que fosse capaz de comer uma montanha inteira de pão.
João Bobo nem precisou pensar muito. Foi até a floresta e, no mesmo lugar, encontrou um homem que estava apertando o cinto em volta da barriga, fazendo a cara mais infeliz do mundo.
— Acabo de comer um forno cheio de pão — disse o homem —, mas, para uma fome como a minha, isso não dá nem para a saída. Minha barriga continua vazia como sempre e, se eu não a apertasse muito, a fome ia acabar me matando.
João Bobo gostou de ouvir isso.
— Venha comigo — disse. — Você vai comer até dizer chega.
E levou o homem para o pátio do castelo do rei.
Tinham trazido toda a farinha de trigo que existia no reino todo e tinham feito uma imensa montanha de pão. Mas o homem da floresta subiu na montanha até o alto e começou a comer, e antes do dia acabar o pão todo já tinha sumido.
Pela terceira vez, João Bobo reclamou o cumprimento da promessa, mas o rei ainda pensou em outra condição. Agora, ele queria um navio que fosse capaz de velejar tanto na terra como na água.
— Mas assim que me trouxer o navio, terá minha filha — garantiu.
João Bobo foi direto à floresta, onde encontrou o homenzinho cinzento a quem tinha dado seu bolo.
— Bebi e comi por você — disse ele — e também vou lhe dar seu navio. Tudo isso porque você foi bom para mim.
E deu a ele o navio que velejava na terra e na água. Quando o rei viu isso, não pôde mais continuar negando a mão de sua filha, e o casamento foi celebrado. Mais tarde, quando o rei morreu, João Bobo herdou o reino e viveu feliz com a mulher para sempre.

Moral da história:


Fazer o bem, ser bom e honesto compensa, quem faz o bem recebe o bem de volta.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Os sete corvos. Um conto de fadas dos Irmãos Grimm.

Fonte da imagem: http://www.publicdomainpictures.net/view-image.php?image=16218&picture=crianca-e-da-lua

Um conto de fadas dos Irmãos Grimm.

Um homem tinha sete filhos e nunca tinha uma filha, por mais que desejasse. Até que, finalmente, sua mulher lhe deu esperanças de novo e, quando a criança veio ao mundo, era uma menina. A alegria foi enorme, mas a criança era franzina e miúda e, por causa dessa fraqueza, foi preciso que lhe dessem logo os sacramentos. O pai mandou um dos filhos ir correndo até a fonte, buscar água para o batismo. Os outros seis foram atrás do irmão e, como cada um queria ser o primeiro a puxar a água para cima, acabaram deixando o balde cair no fundo do poço. Aí eles ficaram assustados, sem saber o que deviam fazer, e nenhum dos sete tinha coragem de voltar para casa. Foram ficando por lá, sem sair do lugar.
Como estavam demorando muito, o pai foi ficando cada vez mais impaciente e disse: - Na certa ficaram brincando e se esqueceram de voltar, aqueles moleques levados...
Começou a ficar com medo de que a menininha morresse sem ser batizada e, com raiva, gritou:
- Tomara que eles todos virem corvos!
Mal o pai acabou de dizer essas palavras, ouviu um barulho de asas batendo no ar, por cima da cabeça. Levantou os olhos e viu sete corvos negros como carvão voando de um lado para outro.
Os pais ficaram tristíssimos, mas não conseguiram fazer nada para quebrar o encanto.
Felizmente, puderam se consolar um pouco com sua filhinha querida, que logo recuperou as forças e cada dia ia ficando mais bonita. Durante muito tempo, ela ficou sem saber que tinha tido irmãos, porque os pais tinham o maior cuidado de nunca falar nisso. Mas um dia, ela ouviu por acaso umas pessoas comentando que era uma pena que uma menina assim tão bonita como ela fosse a responsável pela infelicidade dos irmãos.
A menina ficou muito aflita e foi logo perguntar aos pais se era verdade que ela já tinha tido irmãos, e o que tinha acontecido com eles. Os pais não puderam continuar guardando segredo. Mas explicaram que o que aconteceu tinha sido um desígnio do céu, e que o nascimento dela não tinha culpa de nada. Só que a menina começou a ter remorsos todos os dias e resolveu que precisava dar um jeito de livrar os irmãos do encanto. Não sossegou enquanto não saiu escondida, tentando encontrar algum sinal deles em algum lugar, custasse o que custasse. Não levou quase nada: só um anelzinho como lembrança dos pais, uma garrafinha d'água para matar a sede e uma cadeirinha para descansar.
Andou, andou, andou, cada vez para mais longe, até o fim do mundo. Aí, ela chegou junto do sol. Mas ele era quente demais e muito terrível, porque comia os próprios filhos. Ela saiu correndo, fugindo, para bem longe, até que chegou junto da lua. Mas a lua era fria demais e muito malvada e cruel. Assim que viu a menina, disse:
- Huuummm sinto cheiro de carne humana...
A menina saiu correndo bem depressa, fugindo para bem longe, até que chegou junto das estrelas.
As estrelas foram muito amáveis e boazinhas com ela, cada uma sentada em uma cadeirinha separada. Então, a estrela da manhã se levantou, deu um ossinho de galinha à menina e disse:
- Sem este ossinho, você não vai conseguir abrir a montanha de vidro. E é na montanha de vidro que estão os seus irmãos.
A menina pegou no ossinho, embrulhou-o com todo cuidado num lenço e continuou seu caminho, até que chegou à montanha de vidro. A porta estava bem fechada, trancada com chave, e ela resolveu pegar o ossinho de galinha que estava guardado no lenço. Mas quando desembrulhou, viu que não tinha nada dentro do pano e que ela tinha perdido o presente que as boas estrelas tinham dado. Ficou sem saber o que fazer. Queria muito salvar os irmãos, mas não tinha mais a chave da montanha de vidro. Então, a boa irmãzinha pegou uma faca, cortou um dedo mindinho, enfiou
na fechadura e deu um jeito de abrir a porta. Assim que entrou, um gnomo veio ao seu encontro e lhe perguntou:
- Minha filha, o que é que você está procurando?
- Procuro meus irmãos, os sete corvos - respondeu ela. O gnomo então disse:
- Os senhores Corvos não estão em casa, mas se quiser esperar até que eles cheguem, entre e fique à vontade.
Lá em cima, o gnomo pôs a mesa para o jantar dos corvos, com sete pratinhos e sete copinhos. A irmã então comeu um pouco da comida de cada prato e bebeu um gole de cada copo. Mas no último, deixou cair o anelzinho que tinha trazido.
De repente, ouviu-se nos ares um barulho de gritos e batidas de asas. Então o gnomo disse:
- São os senhores Corvos que estão chegando.
Eram eles mesmos, com fome e com sede. Foram logo em direção aos pratos e copos. E, um por um, foram gritando:
- Quem comeu no meu prato? Quem bebeu no meu copo? Foi boca de gente, foi boca de gente...
Mas quando o sétimo corvo acabou de esvaziar seu copo, o anel caiu lá de dentro. Ele olhou bem e reconheceu que era um anel do pai e da mãe deles, e disse:
- Quem dera que fosse a nossa irmãzinha, porque aí a gente ficava livre.
Quando a menina, que estava escondida atrás da porta, ouviu esse desejo, apareceu de repente e todos os corvos viraram gente outra vez. Começaram todos a se abraçar e se beijar e a se fazer mil carinhos e depois voltaram para casa muito felizes.

Moral da história:

Não julgar e condenar sem saber o motivo. Na hora da raiva devemos esperar que fiquemos calmos para tomar qualquer decisão.

O pai dos meninos agiu certo rogando uma praga sem saber o que tinha acontecido com eles?

O que os corvos mais desejavam que acontecesse depois que viraram corvos? Por quê?


Trabalho com recortes:

Fonte da imagem:http://www.publicdomainpictures.net/view-image.php?image=59357&picture=passaro-corvo-clipart

Desenhar em cartolina a montanha de vidro e colar os sete corvos recortados.

Pode-se recortar também sete pratos e sete copos em preto e pedir que façam o desenho bem colorido.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

A serpente branca. Lindo conto dos Irmãos Grimm.

Fonte da imagem:http://www.publicdomainpictures.net/view-image.php?image=156674&picture=cobra

Há muitos e muitos anos, vivia um rei muito celebrado por sua sabedoria.
Nada era oculto para ele. Era como se o conhecimento das coisas mais secretas chegasse até ele pelo ar. Mas tinha um estranho costume. Quando a refeição do meio-dia acabava, a mesa era tirada e não havia mais ninguém presente, um criado de confiança lhe trazia um prato a mais. Esse prato era coberto. Nem mesmo o criado sabia o que havia ali dentro. Nem ele nem mais ninguém, porque o rei só tirava a tampa e comia depois que ficava sozinho.
Um dia, depois que isso já acontecia há algum tempo, o criado não aguentou mais de curiosidade na hora de levar o prato embora. Secretamente o carregou para seu quarto, trancou a porta com cuidado e, quando levantou a tampa, viu que dentro havia uma serpente branca.
Depois de ver a cobra, não aguentou ficar sem dar uma provadinha. Cortou um pedaço bem pequeno dela e o pôs na boca. Assim que o pedacinho da serpente tocou a língua dele, o criado começou a ouvir sussurros suaves e estranhos do lado de fora da janela. Quando se debruçou para ver o que era, descobriu que as vozes que murmuravam eram de pardais conversando, que contavam uns aos outros tudo o que tinham visto pelos bosques e campos. Provar a serpente tinha lhe dado o poder de entender a linguagem das aves e dos animais.
Ora, aconteceu que justamente naquele dia desapareceu o melhor anel da rainha. Como o criado de confiança tinha toda a liberdade para ir onde bem entendesse no palácio, suspeitaram que o tivesse roubado. O rei mandou chamá-lo e brigou com ele, dizendo que, a não ser que ele desse o nome do ladrão até o dia seguinte, seria considerado culpado e decapitado. Não adiantou jurar inocência. O rei mandou-o embora sem uma palavra de consolo.
Com medo e se sentindo desgraçado, ele foi até o quintal e ficou pensando, vendo se encontrava um jeito para sair daquela situação. Alguns patos estavam calmamente sentados na beira de um riacho, à vontade, se alisando com o bico e batendo papo. O criado parou e escutou. Cada um dizia aos outros o que tinha acontecido em todos os lugares por onde tinha nadado naquela manhã, e toda a comida gostosa que tinha comido. Mas um deles disse queixoso:
— Estou com um peso no estômago... Estava comendo tão depressa que engoli um anel que estava no chão bem embaixo da janela da rainha...
O criado rapidamente agarrou o pato pelo pescoço, levou-o direto para a cozinha e disse ao cozinheiro:
— Olha só que pato gordo... Se eu fosse você, assava ele.
— É mesmo... — disse o cozinheiro, pesando o pato com a mão. — Já que ele se esforçou para ganhar tanto peso, é tempo agora de ir para o forno.
Cortou o pescoço do pato e depois, quando estava limpando a ave para assar, encontrou o anel da rainha no estômago dela. Com isso, não foi difícil o criado convencer o rei de sua inocência. Querendo reparar a injustiça que tinha feito, o rei lhe perguntou se havia alguma coisa que ele desejasse, e lhe ofereceu o cargo que ele quisesse escolher na corte.
O criado recusou todas as honras e disse que só queria um cavalo e um pouco de dinheiro, porque desejava ver o mundo e viajar um bocado. O rei logo lhe deu o que queria, e ele partiu.
Um dia, passando por um lago, notou que três peixes estavam presos nuns caniços e estavam ficando sem água. Dizem que os peixes são mudos, mas ele ouviu muito bem como eles gemiam se lamentando, diante da morte horrível que os esperava. Como era um bom sujeito, desceu do cavalo e pôs os três cativos novamente na água. Eles puseram as cabecinhas de fora, se abanando de alegria, e disseram:
— Vamos lembrar disso e recompensar você por nos ter salvado.
Ele continuou seu caminho e, pouco depois, ouviu uma voz que vinha da areia a seus pés. Prestou atenção e ouviu a queixa do rei das formigas:
— Se os humanos conseguissem manter seus animais desajeitados bem longe de nós, seria ótimo! Esse cavalo estúpido com esses cascos imensos e pesados está esmagando meu povo sem piedade...
Ouvindo isso, o criado saiu por um caminho lateral, e o rei das formigas gritou:
— Vamos lembrar disso e recompensar você...
O caminho levava a uma floresta. Lá, ele viu um casal de corvos empurrando os filhotes para fora do ninho:
— Fora, seus marmanjões! — gritavam. — Não podemos mais encher as barrigas de vocês. Já estão bem grandinhos para buscarem sua própria comida.
Os pobres filhotes batiam as asas desajeitados e não conseguiam levantar-se do chão.
— Ainda somos filhotes indefesos... — gritavam. — Como é que podemos arranjar comida se ainda nem sabemos voar? Vocês vão nos fazer morrer de fome!
Ouvindo isso, o bom jovem apeou, matou o cavalo com a espada e deu sua carne para alimentar os filhotes de corvo. Eles vieram saltitando, comeram até se fartar, e disseram:
— Vamos lembrar disso e recompensar você.
Daí para frente, ele teve que usar as pernas. Depois de muito caminhar, chegou a uma grande cidade. As ruas estavam cheias de barulho e movimento. Um homem a cavalo anunciava que a filha do rei estava procurando marido, mas que quem quisesse pedir a mão dela precisava primeiro cumprir uma tarefa muito difícil e, se falhasse, perderia a vida. Muitos já tinham tentado, mas arriscaram a vida à toa.
Quando o jovem viu a filha do rei, ficou tão estonteado com a beleza dela que se esqueceu do perigo, foi até o rei e se apresentou como pretendente.
Foi levado diretamente à beira do mar. Lá, diante de seus olhos, jogaram n'água um anel de ouro. Depois, o rei lhe disse que ele precisaria ir buscar o anel lá no fundo. E acrescentou:
— Se você sair da água sem ele será jogado de volta, tantas vezes quantas necessário, até morrer nas ondas.
Os cortesãos todos ficaram com pena do jovem e lamentaram sua sorte, tão bonito. Depois, deixaram-no sozinho na praia.
Ele ficou um pouco ali parado, pensando no que ia fazer. De repente, viu três peixes nadando em sua direção — justamente os três cujas vidas ele tinha salvo. O do meio tinha uma concha na boca. Depositou-a na praia, junto aos pés do rapaz.
Quando ele pegou a concha e abriu, viu que dentro estava o anel de ouro.
Todo contente, levou o anel até o rei, esperando receber a recompensa prometida. Mas a princesa era muito prosa e, quando viu que ele era inferior a ela em nascimento, desprezou-o e disse que ele ia precisar cumprir uma segunda tarefa.
Desceu até o jardim e espalhou dez sacos cheios de farelo pelo meio da grama.
— Você vai ter que recolher tudo isso até amanhã, antes do sol nascer — disse ela —, sem faltar nem um grãozinho.
O rapaz sentou no jardim e começou a pensar em um jeito de cumprir a tarefa, mas não lhe ocorria nada. E lá ficou ele, tristíssimo, esperando que o levassem para a morte quando o dia nascesse. Mas quando os primeiros raios do sol chegaram ao jardim, ele viu que os dez sacos estavam de pé, cheios até a borda, sem faltar nem um grãozinho. O rei das formigas tinha vindo durante a noite, com milhares e milhares de formigas, e os bichinhos agradecidos tinham juntado todos os grãos de farelo dentro dos sacos outra vez.
A filha do rei veio em pessoa até o jardim e ficou espantadíssima de ver que a tarefa tinha sido cumprida. Mas seu coração prosa ainda se recusava a se render.
Por isso, ela disse:
— Ele cumpriu as duas tarefas. Mas não será meu marido enquanto não me trouxer um fruto da árvore da vida.
O rapaz nem sabia onde ficava essa árvore da vida. Partiu procurando, resolvido a andar até onde as pernas o levassem, mas sem qualquer esperança de encontrar.
Uma noite, depois de procurar por três reinos, ele chegou a uma floresta.
Sentou-se debaixo de uma árvore e estava quase adormecendo quando ouviu um barulho nos galhos e uma fruta de ouro caiu em suas mãos. Ao mesmo tempo, três corvos desceram voando da árvore, pousaram em seus joelhos e disseram:
— Nós somos os filhotes de corvo que você não deixou morrer de fome.
Quando crescemos e ouvimos dizer que você estava procurando a fruta de ouro, voamos por cima do mar até o fim do mundo, onde cresce a árvore da vida, e pegamos a fruta.
Muito contente, o rapaz voltou para casa. Deu a fruta de ouro para a princesa e, depois disso, ela não tinha mais desculpa. Dividiram a maçã da vida e a comeram juntos. Aí o coração dela se encheu de amor por ele, e os dois viveram até a velhice numa felicidade perfeita.

Contos de Grimm: Animais encantados. Grimm: Jakob & Wilhelm
Tradução e adaptação de Ana Maria Machado.

Moral da história: 

quem faz o bem recebe o bem de volta, por isso o criado do rei foi recompensado pelo bem que fez aos animaizinhos, porque era bom de coração.

Lei de ação e reação: 
exemplo, quando você joga uma bola contra a parede, ela vai voltar com a mesma força que você jogou. Se você usou pouca força, ela volta suave, se você jogou com força, ela volta com força. Se a bola era vermelha, volta vermelha, e assim por diante. Levar uma bolinha e demonstrar. Pedir que cada um faça a experiência. Explicar que isto é uma lei da física. 
Para saber mais, clique AQUI
Assim como na física acontece desta forma, na vida acontece igual. 

Exemplos: se você for grosseiro com os outros, receberá grosserias, se você for educado, será tratado com educação. 
Pedir exemplos da vida de cada um.



Dialogando sobre a história:

Devemos cuidar dos animais como parte da criação de Deus.

Você lembra de alguma situação em que você ajudou alguém e depois o amigo também te ajudou? Ou ao contrário, algum dia em que você fez algo errado e foi castigado? Você acha que ninguém merece ser castigado? Por quê?
E se você concorda com algum castigo que teve quando mereceu, explique o motivo.