segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Os dois Alforjes (La Fontaine).

Imagem google.

Um dia Júpiter convocou os animais para comparecerem diante dele, a fim de que, comparando-se uns com os outros, cada animal reconhecesse o próprio defeito ou a própria limitação. Assim, Júpiter poderia corrigir as imperfeições.
E os animais, um a um elogiavam a si próprios, gabavam-se de suas qualidades e só relatavam os defeitos alheios. O macaco, ao ser questionado se estava feliz com seu aspecto, respondeu:
— Mas claro que sim! Cabeça, tronco e membros, eu os tenho perfeitos. Em mim, praticamente, não acho defeitos. É pena que nem todo mundo seja assim... — Os ursos, por exemplo, que deselegante!
O urso veio em seguida, mas não se queixou de seu aspecto físico, até se gabou de seu porte. Fez críticas aos elefantes: orelhas demasiadamente grandes; caudas insignificantes. Animais grandalhões, sem graça e sem beleza.
Já o elefante pensa o oposto e se acha encantador; porém, a natureza exagerou, para o seu gosto, quanto à gordura da baleia.
A formiga, ao falar da larva, franze o rosto:
— Que pequenez mais triste e feia!

Moral da história:

Assim são os homens. É como se lhes tivessem colocado dois alforjes: no peito, o alforje com os males alheios, e nas costas, o alforje com os próprios males.
De tal modo que são cegos quanto aos próprios defeitos, mas enxergam com nitidez os defeitos dos outros.

La Fontaine.

Analisando a fábula: através de perguntas, levar à conclusão:

Um  dos problemas dos homens, consiste em ver o mal dos outros, antes de ver o mal que está em nós. Para julgar-se a si mesmo, fora preciso que o homem pudesse ver seu interior num espelho, pudesse, de certo modo, transportar-se para fora de si próprio, considerar-se como outra pessoa e perguntar: Que pensaria eu, se visse alguém fazer o que faço?

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

A arvorezinha de Natal. Conto de Natal para as crianças.

Fonte da imagem:

http://www.publicdomainpictures.net/view-image.php?image=237078&picture=fundo-com-arvore-de-natal

Um conto natalino que ensina valores e o sentido do Natal às crianças.


Numa pequena cidade havia somente uma loja que vendia árvores de Natal. Ali era possível encontrar árvores de todos os tamanhos, formas e cores. O dono da loja tinha organizado um concurso para premiar a árvore mais bonita e melhor decorada do ano, e o melhor de tudo é que seria o próprio São Nicolau que iria entregar o prêmio no dia de Natal.
Todas as crianças da cidade queriam ser premiadas pelo Papai Noel e correram para a loja para comprar sua árvore para decorá-la e poder participar do concurso.
Por sua vez, as arvorezinhas se emocionavam muito quando viam os meninos, que decididos a ganhar o concurso, gritavam: Pra mim... pra mim... Olhem pra mim! Cada vez que entrava uma criança na loja era igual, as arvorezinhas começavam a se esforçar para chamar a atenção e serem escolhidas.
Escolha-me porque sou grande!... Não! Escolha-me porque sou gordinha!... Ou A mim, que sou de chocolate!... Ou a mim que posso falar!... É o que se ouvia em toda a loja. Os dias foram se passando e somente se escutava a voz de uma arvorezinha que dizia: A mim, a mim... Que sou a mais pequenina!
Quase às vésperas do Natal, chegou à loja um casal muito elegante que queria comprar uma arvorezinha.
O dono da loja informou-lhes que a única árvore de Natal que havia sobrado era muito pequenininha. Sem se importar com o tamanho, o casal resolveu levá-la.
A arvorezinha pequenina se alegrou muito, porque finalmente alguém ia poder decorá-la e poderia participar do concurso. 
Ao chegar na casa onde o casal morava, a arvorezinha ficou surpresa: Como eu sendo tão pequenina, poderei brilhar diante de tanta beleza e imponência?
Assim que o casal entrou na casa, começaram a chamar a filha: Regina!...Venha filha! Temos uma surpresa para você! A arvorezinha escutou umas rápidas pisadas vindas do andar de cima.
Seu coraçãozinho começou a bater com força. Estava contente por poder deixar aquela linda menininha feliz.
Quando a menina desceu, a pequenina árvore se surpreendeu com a reação dela: Essa é minha arvorezinha? Eu queria uma árvore grande, frondosa, enorme e alta até o céu para decorá-la com milhares de luzes e bolas. Como vou ganhar o concurso com essa arvorezinha anã? Disse a criança chorando.
- Regina, era a única arvorezinha que sobrou na loja, explicou seu pai.
- Não a quero! É horrível... Não a quero! Gritava a furiosa criança.
Os pais, desiludidos, pegaram a pequenina árvore e levaram de volta à loja. A arvorezinha estava triste porque a menina não a quis, mas tinha esperança de que alguém viria levá-la para decorá-la a tempo para o Natal. Uma hora mais tarde se escutou a porta da loja se abrir.
A mim... A mim... Que sou a mais pequenina! Gritava a arvorezinha cheia de felicidade. Era um casal robusto, com mãos enormes. O dono da loja lhes informou que a única árvore que havia sobrado era aquela pequenina perto da janela. O casal pegou a arvorezinha, e sem dar importância ao tamanho, foi embora com ela.
Quando estavam chegando em casa, a arvorezinha viu quando dois menininhos gordinhos vinham ao seu encontro e gritavam: Encontrou papai? É como pedimos à senhora, mamãe? Quando os pais desceram do carro, as crianças foram em cima da pequenina árvore.
O que aconteceu depois? Vocês podem terminar a estória! Que tal consultar a família?
Por Amarilis Irigoyen

Para colorir, depois pode-se colar em papelão e enfeitar a árvore de Natal.