Fonte da imagem:https://pixabay.com/pt/veleiro-navio-mar-barco-oceano-312417/
O vento é
tão alegre como uma criança. Já o viram correr, pelos campos, movendo o trigo,
como as ondas do mar? É isto a dança do vento; mas ele não só dança, também
canta. Vão ouvir como ele canta.
- Zum!...
Zu!... Zê, ss... Ss... Ss!... - está ele dizendo.
Se não
houvesse uns senhores muito graves, que usam chapéus que rodam pelas ruas, a
vida na cidade seria para mim grande aborrecimento. Todas as distrações fugiram
das cidades. Há cem anos não havia nada de que eu mais gostasse do que ir
soprando pelas ruas abaixo. Mas, então, as ruas eram uma exposição de quadros
divertidos, mais que lugares de comércio.
Todas as
casas tinham sua vitrina ou tabuleta. Havia a vitrina do alfaiate, cheia de
figurinos de várias cores, querendo mostrar que o alfaiate era capaz de
transformar o homem mais esfarrapado num elegante senhor.
O barbeiro
tinha por cima da porta um grande pau com uma navalha de madeira pendurada;
peixes, chapéus, queijos, bolas, enfim, todas as coisas que se vendiam na
cidade, eram representadas nas tabuletas; e quando eu as fazia oscilar e as
punha a bater umas contra as outras, produziam um barulho ensurdecedor.
Que momentos
tão alegres e divertidos passei eu numa noite em que me meti pelos mostradores!
Tinha jurado que me havia de divertir.
O vento calou-se,
dando em seguida um grito que estremeceu a casa.
- Oh! Como
me lembro bem! - continuou ele a gritar pela varanda. - Era num dia em que os
sapateiros se mudavam do antigo estabelecimento para o novo, levando consigo
todas as tabuletas. Naqueles tempos, que já vão bem longe, os sapateiros eram
ricos e poderosos e valia a pena ver a procissão que eles formavam. Havia um
palhaço que abria a marcha, uma figura grotesca com a cara negra e uma roupa
feita de retalhos. Todos riam. Hoje já não se divertem desta maneira. Atrás do
palhaço ia a música, seguida dos homens que levavam os estandartes, e a grande
bandeira de seda do grêmio dos sapateiros, enfeitada com uma grande bota preta.
Subiu a um andaime, no qual tinha que fixar uma tabuleta, o sapateiro que
presidia a associação e começou a discursar; mas o palhaço, que subiu atrás
dele, fazia rir às gargalhadas o público, com os seus trejeitos. Eu quis também
tomar parte na brincadeira e comecei a bater com as tabuletas umas nas outras e
o orador desceu dizendo:
"Não é
possível fazer-me ouvir por causa do vento, mas vamos fixar a tabuleta."
Mas eu havia
resolvido - continuou o vento - que a tabuleta não se fixasse. Soprei até que o
avental do sapateiro lhe tapasse os olhos; fiz cair a escada e levei-lhe o
chapéu e a cabeleira. Por fim cansaram-se de lutar comigo e foram-se todos para
a sua nova casa para celebrarem o banquete.
O vento deu
um salto e prosseguiu:
- Eu estava
naquele dia disposto a fazer mal. Tenho conseguido divertir-me com os
sapateiros, andava pelas ruas tentando novas proezas. Comecei a tirar os tetos
das casas velhas, mas ainda sentia vontade de fazer pior. Continuei a fazer
cirandar tudo com muita habilidade. Quando a gente da cidade despertou, no dia
seguinte, encontrou a tabuleta do Instituto Histórico num salão de bilhares e o
Instituto tinha lá, em troca, a tabuleta arrancada de um asilo para crianças...
Havia criadas e mamadeiras... Um peleiro tinha pintado na tabuleta uma raposa.
Mudei a tabuleta para o outro lado da rua, para a casa de um conselheiro
avarento, que pretendia passar por excelente pessoa. Toda a população se riu,
sobretudo quando viu a tabuleta que eu tinha posto na casa de um juiz: era um
pau com uma navalha de madeira. A mulher do juiz tinha o apelido de "A
Navalha", por sua má língua.
Mas a
partida mais original - continuou o vento com voz baixa - foi a que preguei a
uma rica mulher que inventava grandes histórias contra os seus vizinhos. Pus na
casa dela um letreiro que havia num solar abandonado e que dizia: "Aqui
precisa-me de estrume."
Foram dias
alegres - suspirou o vento - mas que já não voltam. Depois do que eu fiz nunca
mais usaram aquelas tabuletas; por minha causa muitos se envergonharam do seu
comportamento e muitos homens nem queriam ouvir falar de mim e nas minhas
travessuras. O vento acabou de falar na varanda e, dando um grito muito agudo, foi-se
embora.
Conto de
Hans Christian Andersen.
Conversando sobre a historinha.
O vento como um fenômeno da Natureza.
O que fazer para evitar os desastres naturais? - Não podem ser evitados, levar as crianças a pensar como o homem pode conviver em harmonia com a natureza.
Na nossa historinha, o nosso amigo vento de divertia fazendo suas travessuras? Por quê?
Mesmo que em alguns casos ele tivesse razão e quisesse se vingar dos homens, você acha essa atitude correta? - Não fazer justiça por sua conta.
Deve ficar claro para a criança a diferença do vento como fenômeno natural e na nossa historinha o vento transformado em personagem que pensa e age inteligentemente para pregar peças nos humanos.
Você acha que o vento se arrependeu de suas travessuras? Por quê?
Atividade:
Levar palavras edificantes com as letras recortadas. EX: Respeito, Educação, Boa vontade, amor ao próximo, e outras de acordo com o momento das crianças.
As palavras serão montadas e depois as crianças assopram imitando o vento para na sequência refazê-las novamente.
Na vida temos que ter persistência, seja pela ação do vento, do tempo, das dificuldades, muitas vezes teremos que reiniciar as tarefas com o mesmo amor dedicado na primeira vez, porque tudo o que merece ser feito, merece ser bem feito.
Imagem google
Atividade:
Ou você pode fazer os cataventos simples de papel como sempre fiz com as crianças e elas adoram brinquedos antigos. Vamos resgatar? Veja AQUI como fazer.
Conversando sobre a historinha.
O vento como um fenômeno da Natureza.
O que fazer para evitar os desastres naturais? - Não podem ser evitados, levar as crianças a pensar como o homem pode conviver em harmonia com a natureza.
Na nossa historinha, o nosso amigo vento de divertia fazendo suas travessuras? Por quê?
Mesmo que em alguns casos ele tivesse razão e quisesse se vingar dos homens, você acha essa atitude correta? - Não fazer justiça por sua conta.
Deve ficar claro para a criança a diferença do vento como fenômeno natural e na nossa historinha o vento transformado em personagem que pensa e age inteligentemente para pregar peças nos humanos.
Você acha que o vento se arrependeu de suas travessuras? Por quê?
Atividade:
Levar palavras edificantes com as letras recortadas. EX: Respeito, Educação, Boa vontade, amor ao próximo, e outras de acordo com o momento das crianças.
As palavras serão montadas e depois as crianças assopram imitando o vento para na sequência refazê-las novamente.
Na vida temos que ter persistência, seja pela ação do vento, do tempo, das dificuldades, muitas vezes teremos que reiniciar as tarefas com o mesmo amor dedicado na primeira vez, porque tudo o que merece ser feito, merece ser bem feito.
Imagem google
Atividade:
Ou você pode fazer os cataventos simples de papel como sempre fiz com as crianças e elas adoram brinquedos antigos. Vamos resgatar? Veja AQUI como fazer.
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