Extraído de
O Livro das virtudes II – O Compasso Moral, William J. Bennett, Editora Nova
Fronteira
Era uma vez
um lugar chamado Cidade dos Resmungos, onde todos resmungavam, resmungavam,
resmungavam. No verão, resmungavam que estava muito quente. No inverno, que
estava muito frio. Quando chovia, as crianças choramingavam porque não podiam
sair. Quando fazia sol, reclamavam que não tinham o que fazer.
Fonte da imagem: http://www.fotosefotos.com/page/uso_das_imagens
Os vizinhos
queixavam-se uns dos outros, os pais queixavam-se dos filhos, os irmãos das
irmãs.
Todos tinham
um problema, e todos reclamavam que alguém deveria fazer alguma coisa.
Um dia
chegou à cidade um mascate carregando um enorme cesto às costas. Ao perceber
toda aquela inquietação e choradeira, pôs o cesto no chão e gritou:
– Ó cidadãos
deste belo lugar! Os campos estão abarrotados de trigo, os pomares carregados
de frutas. As cordilheiras estão cobertas de florestas espessas, e os vales
banhados por rios profundos. Jamais vi um lugar abençoado por tantas
conveniências e tamanha abundância. Por que tanta insatisfação? Aproximem-se, e
eu lhes mostrarei o caminho para a felicidade.
Ora, a
camisa do mascate estava rasgada e puída. Havia remendos nas calças e buracos
nos sapatos. As pessoas riram que alguém como ele pudesse mostrar-lhes como ser
feliz. Mas enquanto riam, ele puxou uma corda comprida do cesto e a esticou
entre os dois postes na praça da cidade.
Então
segurando o cesto diante de si, gritou:
– Povo desta
cidade! Aqueles que estiverem insatisfeitos escrevam seus problemas num pedaço
de papel e ponham dentro deste cesto. Trocarei seus problemas por felicidade!
A multidão
se aglomerou ao seu redor. Ninguém hesitou diante da chance de se livrar dos
problemas. Todo homem, mulher e criança da vila rabiscou sua queixa num pedaço
de papel e jogou no cesto.
Eles
observaram o mascate pegar cada problema e pendurá-lo na corda. Quando ele
terminou, havia problemas tremulando em cada polegada da corda, de um extremo a
outro. Então ele disse:
Agora cada
um de vocês deve retirar desta linha mágica o menor problema que puder
encontrar.
Todos
correram para examinar os problemas. Procuraram, manusearam os pedaços de papel
e ponderaram, cada qual tentando escolher o menor problema. Depois de algum
tempo a corda estava vazia.
Eis que cada
um segurava o mesmíssimo problema que havia colocado no cesto. Cada pessoa
havia escolhido os seu próprio problema, julgando ser ele o menor da corda.
Daí por
diante, o povo daquela cidade deixou de resmungar o tempo todo. E sempre que
alguém sentia o desejo de resmungar ou reclamar, pensava no mascate e na sua
corda mágica.
Moral da
história:
todos têm problemas, se compararmos com os problemas dos outros,
muitas vezes verificamos que nem deveríamos nos queixar da vida. Deus não dá o
fardo maior do que os ombros de cada um.
As dificuldades
devem ser encaradas com coragem e determinação, pois são oportunidades de
crescimento.
Dinâmica:
usar
o mesmo método do personagem mascate, levar um barbante e segurar em duas
pontas formando um varal onde serão fixados os problemas de cada um com prendedores
de roupa. A seguir todos os passos da história e no final conversar sobre os
resultados.
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