Fonte da imagem:http://www.publicdomainpictures.net/view-image.php?image=1793&picture=frutas-sorriso
O limão
insatisfeito.
Num mesmo
pomar viviam lado a lado um pé de limão galego e um pé de tangerina.
O pé de
tangerina estava sempre com crianças a sua volta.
Era depois
da brincadeira... Era na volta da escola... Era depois do jantar...
As crianças
deliciavam-se com as gostosas tangerinas.
Um limão
galego do pé de limão vizinho olhava aquilo muito aborrecido.
Ninguém
queria saber dele. Nenhuma criança o olhava com alegria, como faziam com a
tangerina.
Também... Os
limões eram tão azedos!
E eles iam
ficando esquecidos no seu pé até ficarem velhos... Ou até quando a cozinheira
se lembrava deles para temperar a carne ou a salada. Mas aquele limão galego
não aceitava viver assim. Tudo que ele queria era ser doce como uma tangerina.
Aconteceu
que, num dia de temporal o vento o arrancou do limoeiro e ele caiu num galho do
pé de tangerina.
Meio
assustado, o limão galego viu que estava bem ao lado de uma tangerina bem
gordinha.
Ficou feliz!
Agora, naquele pé, poderia passar por uma tangerina e seria admirado por todos.
O limão
ajeitou- se da melhor forma que pode, bem junto a uma folhinha e ali ficou com
ares de tangerina.
Dias depois,
o limão foi colhido junto com as tangerinas pela dona da casa e colocado numa
linda fruteira em cima da mesa da sala de jantar.
E no meio
das tangerinas, ninguém desconfiava que ele fosse um limão galego.
Naquela
noite, depois de ter sido provado pela caçulinha da casa, o limão galego acabou
na lata do lixo, misturado a restos de comida e pó de café.
E assim
acabou a vida do limão que não se aceitava, sem ao menos saber do seu grande
valor: o de curar muitas doenças.
Fonte:
Apostila Lar Fabiano de Cristo.
Autoconhecimento
e Auto aceitação II.
Objetivos da
aula:
levar as crianças a entenderem que o autoconhecimento é indispensável ao
progresso do Espírito e que, portanto, devemos examinar a nós mesmos
constantemente, para descobrirmos de que modo podemos nos melhorar. Contudo, é
necessário cultivar a auto aceitação, que nos fortalece a paciência e nos ajuda
a viver em harmonia conosco e com nossos semelhantes. Ajudar os jovens a
reconhecerem que eles são seres especiais criados à imagem de Deus e que somos
a obra-prima de Deus em aperfeiçoamento, portanto ninguém deve sentir-se inútil
ou inferior.
Primeiro
momento:
Pedir que as
crianças definam o que é: Autoconhecimento e Auto aceitação e em seguida fazer
uma exposição dialogada.
Autoconhecimento.
-
conhecimento de si mesmo, saber o que gosta e o que não gosta, o que deseja da
vida, que coisas são importantes, quais os nossos sentimentos diante de certos
acontecimentos (ex.: quando nossos pais nos chamam a atenção, quando alguém não
concorda com a nossa opinião, quando recebemos uma notícia triste/alegre,
quando somos provocados).
O
autoconhecimento não serve, portanto, apenas para percebermos nossos defeitos,
mas também para compreendermos nosso verdadeiro valor. E, aprendendo a refletir
assim sobre nós mesmos, mais facilmente poderemos refletir sobre o mundo e as
pessoas ao nosso redor. Lembrando sempre que a diferença entre o inteligente e
o sábio é que este é capaz de analisar por vários ângulos uma mesma questão.
Auto
aceitação.
- reconhecer os erros e acertos, respeitando a
si próprio como um Espírito em evolução; não se revoltar ou ficar triste porque
ainda não tem as boas atitudes que gostaria; aceitar o próprio corpo físico
(cor do cabelo, altura, peso, a mudança da voz, as alterações físicas que
acontecem na adolescência). Lembrar que auto aceitação não deve significar
acomodação ou revolta, mas uma atitude positiva de conhecer-se e mudar para
melhor. Além disso, a auto aceitação fortalece a paciência e a fé, auxiliando-nos
a viver em harmonia conosco e com os outros.
Segundo momento:
pedir para
que os jovens questionem a eles mesmos e respondam: Quem sou eu? (aguardar as
definições).
Terceiro
momento:
complementação da resposta da pergunta do segundo momento.
Somos
Espíritos imortais e possuímos um corpo físico e um espírito. Somos
partes do imenso Universo de Deus, tanto no sentido material como espiritual.
Quarto
momento - indagar:
Como fazer
para nos autoconhecermos? Ao fim do dia, interrogue a sua consciência e
relembre o que fez, perguntando-se a si mesmo se não faltou a algum dever, se
não deixou de fazer o bem em alguma ocasião e se ninguém teve motivo para de
você se queixar. Analise se você tratou mal alguém e se foi orgulhoso ou
egoísta em algum momento. Evite julgar os outros, mas se permita a autoanálise
(analisar a si mesmo).
Foi sugerido pelos alunos fazer uma relação
das coisas boas que fizeram e outra lista do que consideraram desacertos,
escrevendo em um caderninho já previamente preparado para isso, para que
ficasse mais fácil a posterior análise das falhas, pensar em cada uma
separadamente, buscando qual seria a melhor atitude a ser tomada, caso o fato
se repetisse. Estas anotações poderão ser feitas diariamente.
Quinto
momento: questionar os jovens:
01 –
Solicitar que todos pensem a respeito das coisas que gostariam de modificar em
seu corpo físico e aqueles que quiserem poderão falar. O que seria? Por quê?
02 – Além da
nossa aparência, o que mais nos torna diferente dos outros?
As coisas de
que gostamos e não gostamos; nossos talentos, nossas virtudes.
03 – Qual a
vantagem de ser a única pessoa exatamente igual a você no mundo inteiro?
Sentirmo-nos
especiais, que é como nosso Pai nos vê. Somos diferentes porque cada um tem uma
caminhada evolutiva individual e única.
04 – Você
sempre gosta de você? Justifique sua resposta.
Sexto
momento: exposição dialogada:
Não causa
surpresa a tendência de as crianças/jovens avaliarem a si mesmas do mesmo modo
que a sociedade o faz. Os que são fisicamente atraentes, atléticos, têm talento
intelectual ou aceitação social tendem a sentir-se bem consigo mesmos porque encontram
grande acolhida por parte dos que os cercam.
As crianças
mais novas geralmente comparam suas habilidades com as dos outros. Os que
sempre terminam as atividades por último, os mais tímidos ou os últimos a serem
escolhidos para formar um time frequentemente interiorizarão essas mensagens
negativas. “Eu nunca serei bom o suficiente”, pode tornar-se uma disposição
mental perigosa e negativa muito cedo na vida.
As crianças
mais velhas encontram segurança ao andar em grupos, usar a mesma moda, falar e
agir como todos os outros de seu grupo. Mas elas precisam ser desafiadas a
expressar a individualidade dada por Deus de maneira criativa e construtiva.
As
crianças/jovens precisam entender que os valores na família de Deus são
diferentes. Os indivíduos são valorizados como criações únicas de Deus, não
importando qual seja a embalagem externa.
Sétimo
momento: contar a historia O limão insatisfeito
Oitavo
momento: explicar que vamos falar sobre o que nos faz sentir bem a respeito de
nós mesmos e o que nos faz sentir mal.
O educador
deverá ler várias declarações em voz alta. Se o que ler fizer os jovens se
sentirem bem consigo mesmo, devem dar um sorriso. Se o que for lido fizer os jovens
se sentirem mal, devem fazer uma cara de tristeza. Se vocês se sentirem mais ou
menos, devem ficar exatamente como estão, ou seja; com aspecto indiferente.
** O Evangelizador deverá questionar
as fisionomias **
Ler as
declarações abaixo, fazendo uma pausa após cada uma delas para que jovens
possam responder com suas fisionomias e dessa forma o educador observar e fazer
questionamentos:
Sugestões:
Alguém diz: Não gostei do seu corte
de cabelo.
Você fez um desenho/texto bacana e a
professora diz que vai colocá-lo no mural para que todos o vejam.
Você quebrou um copo na cozinha.
Seus pais colocaram você de castigo
por dois dias por causa da bagunça no quarto.
Você brigou com seu irmão (ou irmã)
ou colega.
Você ganhou uma roupa nova e sente-se
o máximo usando-a.
Você recebeu uma carta (um e-mail) de
um amigo que mora em outra cidade.
Você começou a aprender a tocar um
instrumento musical.
Seu colega jogou um papel de bala no
chão.
Você foi o primeiro a ser escolhido
quando os times de basquete (vôlei, futebol) foram formados.
Você teve que ir à aula de
evangelização apesar de estar com a perna engessada.
Seu pai chamou sua atenção na frente
dos seus colegas.
No dia do seu aniversário você ganhou
muitos presentes.
Ninguém leva em consideração a sua
opinião, só porque você é criança.
Um colega de sala fala mal você.
Para finalizar as declarações acima o
evangelizador deverá perguntar:
Todos nós nos sentimos bem ou mal
sobre as mesmas coisas? (Quase todos nós, mas não exatamente da mesma forma).
O que isso diz sobre nós? (Somos
todos diferentes; mas todos temos sentimentos.)
Da lista que eu li, qual declaração
fez você sentir-se pior?
CONCLUIR QUE:
Todos nós possuímos muitas
qualidades, mas que também possuímos defeitos que devemos nos esforçar por
transformar em virtudes. Muito do que nos faz sentir bem ou mal acontece
exteriormente – que tipo de dia tivemos ou qual a nossa aparência. Mas Deus se
importa com o que somos por dentro, por isso devemos começar nossa reforma
íntima o mais cedo possível, através da superação das imperfeições,
transformando-as em virtudes. É uma tarefa individual e um compromisso consigo
mesmo, e que ninguém pode fazer pelo outro. Mas à medida que vamos analisando
nossos pensamentos e atitudes, com a finalidade de errar menos e evoluir,
seremos mais felizes. Por exemplo: quem costuma falar mal dos outros deve
aprender a ver os pontos positivos em seus companheiros de jornada; aquele que
costuma reclamar, deve se esforçar para agradecer tudo o que tem e reclamar
menos; quem costuma mentir, deve se determinar a falar sempre a verdade.
Nono
momento:
pedir aos jovens que digam virtudes que eles consideram importantes de
serem desenvolvidas por todos. O ajudante da sala deverá ir escrevendo todas as
virtudes ditas, no quadro.
Posteriormente pode-se conversar sobre
a importância das virtudes relacionadas no quadro.
Fonte:http://www.searadomestre.com.br/evangelizacao/autoaceitacao2.htm
Aviso aos leitores. O tema é retirado de um site espírita, portanto você pode adaptar para suas crianças sem falar em Deus e espírito imortal, respeitando as diferentes religiões. É um texto para adolescentes, mas pode ser adaptado para os menores.
Um comentário:
Matéria com profundas reflexões para a melhoria do conhecimento e exercícios da autodisciplina. Aplicarei na Catequese da Crisma.
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