quarta-feira, 11 de maio de 2016

O limão insatisfeito. Autoconhecimento e Auto aceitação II

Fonte da imagem:http://www.publicdomainpictures.net/view-image.php?image=1793&picture=frutas-sorriso

O limão insatisfeito.

Num mesmo pomar viviam lado a lado um pé de limão galego e um pé de tangerina.
O pé de tangerina estava sempre com crianças a sua volta.
Era depois da brincadeira... Era na volta da escola... Era depois do jantar...
As crianças deliciavam-se com as gostosas tangerinas.
Um limão galego do pé de limão vizinho olhava aquilo muito aborrecido.
Ninguém queria saber dele. Nenhuma criança o olhava com alegria, como faziam com a tangerina.
Também... Os limões eram tão azedos!
E eles iam ficando esquecidos no seu pé até ficarem velhos... Ou até quando a cozinheira se lembrava deles para temperar a carne ou a salada. Mas aquele limão galego não aceitava viver assim. Tudo que ele queria era ser doce como uma tangerina.
Aconteceu que, num dia de temporal o vento o arrancou do limoeiro e ele caiu num galho do pé de tangerina.
Meio assustado, o limão galego viu que estava bem ao lado de uma tangerina bem gordinha.
Ficou feliz! Agora, naquele pé, poderia passar por uma tangerina e seria admirado por todos.
O limão ajeitou- se da melhor forma que pode, bem junto a uma folhinha e ali ficou com ares de tangerina.
Dias depois, o limão foi colhido junto com as tangerinas pela dona da casa e colocado numa linda fruteira em cima da mesa da sala de jantar.
E no meio das tangerinas, ninguém desconfiava que ele fosse um limão galego.
Naquela noite, depois de ter sido provado pela caçulinha da casa, o limão galego acabou na lata do lixo, misturado a restos de comida e pó de café.
E assim acabou a vida do limão que não se aceitava, sem ao menos saber do seu grande valor: o de curar muitas doenças.

Fonte: Apostila Lar Fabiano de Cristo.




Autoconhecimento e Auto aceitação II.

Objetivos da aula: 

levar as crianças a entenderem que o autoconhecimento é indispensável ao progresso do Espírito e que, portanto, devemos examinar a nós mesmos constantemente, para descobrirmos de que modo podemos nos melhorar. Contudo, é necessário cultivar a auto aceitação, que nos fortalece a paciência e nos ajuda a viver em harmonia conosco e com nossos semelhantes. Ajudar os jovens a reconhecerem que eles são seres especiais criados à imagem de Deus e que somos a obra-prima de Deus em aperfeiçoamento, portanto ninguém deve sentir-se inútil ou inferior.

Primeiro momento:

Pedir que as crianças definam o que é: Autoconhecimento e Auto aceitação e em seguida fazer uma exposição dialogada.

Autoconhecimento.

- conhecimento de si mesmo, saber o que gosta e o que não gosta, o que deseja da vida, que coisas são importantes, quais os nossos sentimentos diante de certos acontecimentos (ex.: quando nossos pais nos chamam a atenção, quando alguém não concorda com a nossa opinião, quando recebemos uma notícia triste/alegre, quando somos provocados).
O autoconhecimento não serve, portanto, apenas para percebermos nossos defeitos, mas também para compreendermos nosso verdadeiro valor. E, aprendendo a refletir assim sobre nós mesmos, mais facilmente poderemos refletir sobre o mundo e as pessoas ao nosso redor. Lembrando sempre que a diferença entre o inteligente e o sábio é que este é capaz de analisar por vários ângulos uma mesma questão.

Auto aceitação.

 - reconhecer os erros e acertos, respeitando a si próprio como um Espírito em evolução; não se revoltar ou ficar triste porque ainda não tem as boas atitudes que gostaria; aceitar o próprio corpo físico (cor do cabelo, altura, peso, a mudança da voz, as alterações físicas que acontecem na adolescência). Lembrar que auto aceitação não deve significar acomodação ou revolta, mas uma atitude positiva de conhecer-se e mudar para melhor. Além disso, a auto aceitação fortalece a paciência e a fé, auxiliando-nos a viver em harmonia conosco e com os outros.

 Segundo momento:

pedir para que os jovens questionem a eles mesmos e respondam: Quem sou eu? (aguardar as definições).

Terceiro momento: 

complementação da resposta da pergunta do segundo momento.
Somos Espíritos imortais e possuímos um corpo físico e um espírito. Somos partes do imenso Universo de Deus, tanto no sentido material como espiritual.

Quarto momento - indagar:

Como fazer para nos autoconhecermos? Ao fim do dia, interrogue a sua consciência e relembre o que fez, perguntando-se a si mesmo se não faltou a algum dever, se não deixou de fazer o bem em alguma ocasião e se ninguém teve motivo para de você se queixar. Analise se você tratou mal alguém e se foi orgulhoso ou egoísta em algum momento. Evite julgar os outros, mas se permita a autoanálise (analisar a si mesmo).
 Foi sugerido pelos alunos fazer uma relação das coisas boas que fizeram e outra lista do que consideraram desacertos, escrevendo em um caderninho já previamente preparado para isso, para que ficasse mais fácil a posterior análise das falhas, pensar em cada uma separadamente, buscando qual seria a melhor atitude a ser tomada, caso o fato se repetisse. Estas anotações poderão ser feitas diariamente.

Quinto momento: questionar os jovens:

01 – Solicitar que todos pensem a respeito das coisas que gostariam de modificar em seu corpo físico e aqueles que quiserem poderão falar. O que seria? Por quê?
02 – Além da nossa aparência, o que mais nos torna diferente dos outros?
As coisas de que gostamos e não gostamos; nossos talentos, nossas virtudes.
03 – Qual a vantagem de ser a única pessoa exatamente igual a você no mundo inteiro?
Sentirmo-nos especiais, que é como nosso Pai nos vê. Somos diferentes porque cada um tem uma caminhada evolutiva individual e única.
04 – Você sempre gosta de você? Justifique sua resposta.

Sexto momento: exposição dialogada:

Não causa surpresa a tendência de as crianças/jovens avaliarem a si mesmas do mesmo modo que a sociedade o faz. Os que são fisicamente atraentes, atléticos, têm talento intelectual ou aceitação social tendem a sentir-se bem consigo mesmos porque encontram grande acolhida por parte dos que os cercam.
As crianças mais novas geralmente comparam suas habilidades com as dos outros. Os que sempre terminam as atividades por último, os mais tímidos ou os últimos a serem escolhidos para formar um time frequentemente interiorizarão essas mensagens negativas. “Eu nunca serei bom o suficiente”, pode tornar-se uma disposição mental perigosa e negativa muito cedo na vida.
As crianças mais velhas encontram segurança ao andar em grupos, usar a mesma moda, falar e agir como todos os outros de seu grupo. Mas elas precisam ser desafiadas a expressar a individualidade dada por Deus de maneira criativa e construtiva.
As crianças/jovens precisam entender que os valores na família de Deus são diferentes. Os indivíduos são valorizados como criações únicas de Deus, não importando qual seja a embalagem externa.

Sétimo momento: contar a historia O limão insatisfeito 

Oitavo momento: explicar que vamos falar sobre o que nos faz sentir bem a respeito de nós mesmos e o que nos faz sentir mal.

O educador deverá ler várias declarações em voz alta. Se o que ler fizer os jovens se sentirem bem consigo mesmo, devem dar um sorriso. Se o que for lido fizer os jovens se sentirem mal, devem fazer uma cara de tristeza. Se vocês se sentirem mais ou menos, devem ficar exatamente como estão, ou seja; com aspecto indiferente.

         ** O Evangelizador deverá questionar as fisionomias **

Ler as declarações abaixo, fazendo uma pausa após cada uma delas para que jovens possam responder com suas fisionomias e dessa forma o educador observar e fazer questionamentos:

         Sugestões:

          Alguém diz: Não gostei do seu corte de cabelo.

          Você fez um desenho/texto bacana e a professora diz que vai colocá-lo no mural para que todos o vejam.

          Você quebrou um copo na cozinha.

          Seus pais colocaram você de castigo por dois dias por causa da bagunça no quarto.

          Você brigou com seu irmão (ou irmã) ou colega.

          Você ganhou uma roupa nova e sente-se o máximo usando-a.

          Você recebeu uma carta (um e-mail) de um amigo que mora em outra cidade.

          Você começou a aprender a tocar um instrumento musical.

          Seu colega jogou um papel de bala no chão.

          Você foi o primeiro a ser escolhido quando os times de basquete (vôlei, futebol) foram formados.

          Você teve que ir à aula de evangelização apesar de estar com a perna engessada.

          Seu pai chamou sua atenção na frente dos seus colegas.

          No dia do seu aniversário você ganhou muitos presentes.

          Ninguém leva em consideração a sua opinião, só porque você é criança.

          Um colega de sala fala mal você.

         Para finalizar as declarações acima o evangelizador deverá perguntar:

          Todos nós nos sentimos bem ou mal sobre as mesmas coisas? (Quase todos nós, mas não exatamente da mesma forma).

          O que isso diz sobre nós? (Somos todos diferentes; mas todos temos sentimentos.)

          Da lista que eu li, qual declaração fez você sentir-se pior?

         CONCLUIR QUE: 

Todos nós possuímos muitas qualidades, mas que também possuímos defeitos que devemos nos esforçar por transformar em virtudes. Muito do que nos faz sentir bem ou mal acontece exteriormente – que tipo de dia tivemos ou qual a nossa aparência. Mas Deus se importa com o que somos por dentro, por isso devemos começar nossa reforma íntima o mais cedo possível, através da superação das imperfeições, transformando-as em virtudes. É uma tarefa individual e um compromisso consigo mesmo, e que ninguém pode fazer pelo outro. Mas à medida que vamos analisando nossos pensamentos e atitudes, com a finalidade de errar menos e evoluir, seremos mais felizes. Por exemplo: quem costuma falar mal dos outros deve aprender a ver os pontos positivos em seus companheiros de jornada; aquele que costuma reclamar, deve se esforçar para agradecer tudo o que tem e reclamar menos; quem costuma mentir, deve se determinar a falar sempre a verdade.

Nono momento: 

pedir aos jovens que digam virtudes que eles consideram importantes de serem desenvolvidas por todos. O ajudante da sala deverá ir escrevendo todas as virtudes ditas, no quadro.


         Posteriormente pode-se conversar sobre a importância das virtudes relacionadas no quadro.

Fonte:http://www.searadomestre.com.br/evangelizacao/autoaceitacao2.htm 



Aviso aos leitores. O tema é retirado de um site espírita, portanto você pode adaptar para suas crianças sem falar em Deus e espírito imortal, respeitando as diferentes religiões. É um texto para adolescentes, mas pode ser adaptado para os menores.

Um comentário:

Anônimo disse...

Matéria com profundas reflexões para a melhoria do conhecimento e exercícios da autodisciplina. Aplicarei na Catequese da Crisma.