Fonte da imagem: http://www.publicdomainpictures.net/view-image.php?image=89000&picture=esquilo
Certa vez um
esquilo encontrou um buraco existente no tronco de uma árvore grande e forte.
Era o abrigo
ideal para o pequeno esquilo viver. Muito satisfeito da vida, mudou-se para lá.
A árvore
passou a protegê-lo do vento, da chuva, do frio e dos animais selvagens, que
sempre representavam um perigo.
Contente, o
esquilo passou a pensar em arrumar sua casa. Como a considerasse muito pequena,
desejou aumentá-la.
Com seus
dentes fortes e afiados, começou a roer as paredes para aumentar sua casa.
Sonhava em ter uma família e precisaria de espaço para a esposa e os filhinhos
que viriam.
Assim, ele
aumentou o buraco fazendo mais um quarto, uma sala onde pudessem comer e um
depósito para guardar as nozes que encontrasse. O inverno costumava ser
rigoroso e era preciso armazenar o alimento de modo a não passarem fome.
O esquilo
arrumou sua casa com muito amor, enfeitando e limpando para esperar a chegada
da família.
Como não
estava satisfeito com o que tinha, desejando sempre mais, foi aumentando a casa
e fazendo novos cômodos.
Os outros
moradores da árvore, passarinhos, insetos e pequenos animais, reclamaram:
— Esquilo,
você está destruindo a nossa casa! A nossa amiga árvore está ficando fraca.
Ao que ele
retrucava, indiferente:
— Vocês
estão enganados. A árvore é forte e tem raízes robustas.
Certo dia,
já no início do inverno, ele tinha saído para arrumar comida e demorou algumas
horas. Ao voltar, teve uma grande surpresa. Olhou de longe para admirar a sua
linda casa e estranhou:
— Onde está
a minha casa, a árvore frondosa e amiga?...
Assustado,
não podia acreditar no que seus olhos viam: A árvore, que era tão forte, tão
firme, estava caída no chão!
Como
desabara daquele jeito?
Tentando
encontrar a razão daquele desastre, o esquilo chegou mais perto para ver o que
havia acontecido, e notou que ele, sem perceber, havia-lhe roído as raízes,
fazendo com que elas perdessem a força, com o imenso buraco que se fizera
dentro do tronco da árvore.
O esquilo
percebeu então, tarde demais, que ele próprio havia sido o responsável pela
queda da árvore. Que, na sua ambição desmedida, havia destruído as condições da
moradia que o Senhor concedera, não apenas a ele, mas também a todos os outros
seres que a habitavam.
Bastaria que
se tivesse contentado com o pouco que lhe tinha sido dado, para que ele pudesse
ali viver longos anos em paz e segurança. Contudo, o desejo de ter sempre mais,
fizera com que destruísse seu lar e o lar dos passarinhos, dos pequenos animais
e dos insetos que ali viviam.
Agora,
decepcionado e triste, o esquilo lamentava o erro que cometera. Estavam no
início do inverno e era preciso procurar outro abrigo, se não quisesse ficar ao
relento e exposto às intempéries.
Porém, ele
tinha confiança em Deus. Sabia que, como havia encontrado aquele buraco,
encontraria outro. Era preciso não desanimar e aprender com os próprios erros.
Então,
humildemente, ele dirigiu-se aos companheiros de infortúnio que ali estavam,
tristes, e lhes disse:
— Peço-lhes
perdão. Cometi um grande erro e agora todos nós estamos sem um lar. Mas, não
podemos desanimar. Prometo-lhes que encontraremos uma outra árvore para morar.
Confiem em Deus!
As aves, os
animaizinhos e os insetos ficaram mais animados, sentindo uma nova esperança
brotar em seus corações.
E o esquilo,
daquele dia em diante, nunca mais cometeria o mesmo erro, aceitando e
adaptando-se às condições de vida que Deus lhe oferecesse.
Célia Xavier
Camargo
Fonte: O
Consolador - Revista Semanal de Divulgação Espírita.
Moral da história:
A ambição em demasia prejudica não só a o ambicioso como muitas vezes a natureza e toda a sociedade.
Falar sobre os desmatamentos sem critério, pessoas que acumulam riquezas sem usar enquanto tantos não tem nem o que comer.
Temas: ambição demais não é legal, cuidados com a natureza, ecologia, empatia com os outros.
Um comentário:
Oi, Jeanne!
Mais uma bela história! A ambição cega, obstrui a razão!
Gostei muito!
Tenha um domingo muito feliz e uma semana maravilhosa!
Beijo carinhoso!
Postar um comentário