Pestalozzi acreditava que o indivíduo, desde criança,
possuísse todos os meios necessários para a socialização plena e que o papel do
educador era justamente promover o desenvolvimento desses valores já existentes
em cada indivíduo, sempre ressaltando a importância da família na formação da
personalidade. Para ele, a mãe é a figura central do desenvolvimento
educacional. Entendia que o conhecimento não era propriamente adquirido, mas
sim desenvolvido, pois cada ser humano já nascia com a tendência espontânea da
natureza de seu próprio desenvolvimento. Somente precisaria de estímulo do
educador para a educação moral e espiritual, ou seja, integral.
Neste sentido, esta proposta de trabalho intitulada “5
minutos de valores humanos para a escola” é um estímulo à educação moral e
espiritual, na medida em que propicia a reflexão sobre a boa convivência entre
os homens em qualquer sociedade. O professor os estimula por meio de pequenas
estórias, que aos poucos poderão ir fazendo parte da formação básica do aluno,
um pouco do que o educador Pestalozzi fazia com suas crianças, em Yverdon, na
Suíça.
Dentro da proposta de estimular valores, espiritualidade, ética e crescimento espiritual, estou
estudando e pesquisando teoria e prática sobre valores, espiritualidade e ética
na infância, sempre com o auxílio de fábulas e histórias infantis.
Vou trazer também dicas sobre contação de histórias, mas
embora já tenha trabalhado com isto, ainda estou estudando o assunto para
trazer o que tiver de mais atual e sério sobre o assunto na internet. Tenho em
casa livros didáticos e de prática teórica, e confesso que pelas pesquisas
pouco mudou de alguns anos para cá, mas ainda assim preciso estar bem
capacitada porque criança é assunto muito sério.
Como já citei AQUI além de contar a história, depois
perguntar a moral da história e desenvolver o tema de forma breve.
“5 minutos de valores humanos para a escola” ensino
fundamental.
Você pode contar uma história ou uma fábula, mas no programa
é uma aula simples e de fácil entendimento. Os pais ou cuidadores, avós, podem
fazê-lo em casa de forma descontraída.
AULA 02
As várias faces da paz
Quando vocês acordaram hoje pela manhã, qual foi a escolha
que fizeram?
Algum de vocês escolheu ser pacífico no dia de hoje?
O professor deve incentivar respostas e socializar.
Quem de vocês sabe explicar o que é paz?
O professor deve incentivar respostas.
Sobre a paz, o dicionário Aurélio diz: 1. Ausência de lutas,
violência ou perturbações sociais. 2. Ausência de conflitos entre pessoas; bom
entendimento, harmonia. 3. Ausência de conflitos íntimos; tranquilidade de alma.
4. Situação de um país que não está em guerra com outro.
Como vemos, a paz tem várias faces. Ela também pode estar
relacionada à própria pessoa; pode se referir à família, ao bairro, à cidade,
ao país... ou então ao nosso planeta.
Também pode ser individual ou coletiva.
Vamos começar pela paz individual. Podemos entendê-la como
sendo um estado de espírito sem ira, sem desconfianças, e sem esses sentimentos
negativos que as pessoas costumam guardar no coração, como o ciúme, a inveja e
o ódio.
A paz é uma condição interior de tranquilidade, de não
violência.
Muitas pessoas conseguem manter essa paz interior, apesar de
situações complicadas. Já outras se estressam por qualquer coisa, e outras,
ainda, partem para a agressão por qualquer motivo.
Alguém aqui sabe dizer por que a paz é tão importante?
O professor deve incentivar respostas; perguntar aos alunos
qual deles gosta de assistir a uma briga em casa, ver pessoas sendo agredidas e
machucadas ou saber de guerras nas quais morrem milhares de pessoas inocentes,
etc.
Podemos dizer que a paz é importante por todas as razões,
porque o seu oposto, que está na violência, na agressão, na guerra... só traz
desgaste, estresse e sofrimento... muito sofrimento.
A violência é força destruidora. É contrária ao direito e à
justiça.
Já a paz é um estado benéfico, permite a construção de
bem-estar e de contentamento. A paz só nos faz bem.
O professor deve sistematizar o conteúdo da aula,
relembrando qual foi o valor ensinado.
Deve também incitar os alunos a compartilharem com seus
familiares o que aprenderam nessa aula.
Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes.
Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É
nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos amedronta.
Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante,
atraente, talentoso e incrível?" Na verdade, quem é você para não ser tudo
isso?...Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em
encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de
você.
E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar,
inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo.
Nelson Mandela.
Um comentário:
Belíssimas reflexões e bem pertinentes! Bj
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