Hull de La
Fuente
Num reino
muito distante
Na Frigias,
lá no oriente,
Apolo, em um
rompante,
Com Midas
foi inclemente.
Foi depois
de uma disputa
De flautas
com Apolo e Pan
Midas que
estava na escuta
Disse de quem
era fã.
Apolo, nada
contente,
Com a
preferência de Midas
Deu-lhe ali
em um repente
Orelhas como
espigas.
Eram orelhas
de burro
E o rei
ficou deformado
o rei quis
lhe dar um murro,
mas teria
piorado.
Desde então
o rei passou
A usar belos
turbantes
As orelhas
ocultou
E era sempre
elegante.
Só o seu
cabeleireiro
conhecia o
segredo
E sendo bem
fofoqueiro
Só não
contava de medo.
O
cabeleireiro então
Teve uma
ideia genial
Fez um
buraco no chão
No meio de
um matagal.
Ali então o
fofoqueiro
Falou quase
num sussurro,
Como para o
mundo inteiro:
“Midas tem
orelhas de burro”!
Depois tapou
o buraco
Com aquele
seu segredo,
Cabeleireiro
velhaco,
Já não
sentia mais medo.
Porém
naquele lugar
logo um
bambuzal cresceu
e o vento
pôs-se a anunciar:
o que o
cabeleireiro escondeu.
O reino todo
ouvia
O vento do
bambuzal
E o que ele
dizia
Virou o
assunto geral.
Midas tem
orelhas de burro!
O segredo
foi desvendado.
Midas só não
dava esturro
Porque era
educado.
O rei então
fez cortar
o bambuzal
delator,
que crescia
e voltava a anunciar,
seu segredo,
aquele horror.
E assim
passou a vida
O rei da
Frigias, na história.
Quem quiser
conte em seguida,
Outro fato
de memória.
Do
blog: http://sementinhasparacriancas.blogspot.com.br/2015/09/midas-o-rei-que-tinha-orelhas-de-burro.html
Saiba mais:
Mitologia grega:
O segredo do Rei Midas
Dizem que o Rei Midas da Frígia era um sujeito atrapalhado,
que ousou afirmar um dia, que a flauta tocada pelo sátiro Marsias era muito
mais melodiosa do que a harpa tocada por Apolo. Quando o deus da música soube
disso ficou furioso e castigou aquela afronta fazendo as orelhas de Midas
crescerem longas e peludas, como as orelhas de burro.
Para ocultá-las, o rei colocou na cabeça um barrete vermelho
do tipo que os camponeses frígios costumavam usar naquela época.
Depois de um ano, o cabelo do rei tinha crescido tanto que
ele precisou chamar um barbeiro ao palácio. Com ar ameaçador, Midas conduziu o
homem a uma sala sem janelas e fechou a porta com chave.
Quando tirou o barrete e deixou as longas orelhas à mostra,
o barbeiro começou a trabalhar com suas
tesouras como se nada notasse de
diferente. Ao terminar o corte, Midas avisou-o que aquilo era segredo e o
ameaçou caso contasse para alguém.
O barbeiro aparentando indiferença, disse: - Não sei do que
Vossa Majestade está falando, pois eu
nada vi nesta sala que já não tivesse visto
antes. O rei ficou tão satisfeito com a resposta que o gratificou generosamente. O barbeiro saiu do palácio trêmulo
por perceber que tinha estado em grande
perigo.
Pouco a pouco aquele segredo começou a pesar tanto para o
pobre barbeiro que ele acabou ficando
mais infeliz do que o rei orelhudo.
Precisava contar aquilo para alguém, dividir aquele peso
insuportável, aliviar sua mente mas
temia ainda as ameaças do rei. Continuou a
sofrer até que um dia, teve uma inspiração. Afastou-se o mais que pode
da cidade e, lá longe, na curva deserta de um rio, cavou um buraco na margem,
ajoelhou-se na areia úmida e sussurou ao
buraco três vêzes: "Midas tem orelhas de burro".
Aliviado, repôs a terra cuidadosamente, cobrindo assim as
perigosas palavras que tinha proferido e retornou em silêncio para casa. Mas bem ali, naquele ponto onde cavou o buraco,
algum tempo depois nasceu uma touceira
de juncos que, na primavera seguinte, quando
o vento agitava suas hastes flexíveis, faziam um barulho que parecia reproduzir na linguagem deles, o
segredo que tinha sido confiado à terra:
"Midas tem orelhas de burro".
O vento espalhou aquele segredo pelos campos, e os campos o repetiu
para os cascos dos cavalos que por ali passavam, em direção à cidade, e a cidade o repetiu nas
esquinas, nas feiras e no mercado, até
que todos se inteirassem daquele fato.
Enfrentar a verdade é um modo de evitar tornar-se refém da mentira
e das falsidades que tenta sustentar embora saiba que elas tem uma vida curta. Tornar-se íntegro e
inteiro é o modo mais eficiente e prático de viver, sem simulações que cedo
cedem lugar ao que é verdadeiro.
Midas foi um grande tolo, como tolos são todos aqueles que
pensam poder ocultar, com dinheiro, poder e ameaças, as suas orelhas de burro.
Mais cedo do que imaginam, o vento espalhará pela cidade os
segredos e as verdades que em vão tentam esconder.
Fonte:
http://eventosmitologiagrega.blogspot.com.br/2011/01/o-segredo-do-rei-midas.html
Tema: cultivar a verdade, não mentir, não ser falso.
Perguntas:
Em qual reino morava Midas?
Por quê Apolo ficou furioso com Midas?
Como Apolo castigou Midas?
Midas aceitou o castigo ou tentou esconder?
- Você acha certa a
atitude dele?
O cabeleireiro de
Midas era fofoqueiro?
Você acha legal a
fofoca?
Conhece alguém fofoqueiro?
Midas conseguiu esconder seu segredo?
Atividade:
Reunir dois grupos ou mais dependendo do número de crianças.
Cada grupo vai conversar sobre a poesia e comparar com seus familiares, amigos e colegas da escola.
Você pode distribuir as perguntas para que eles pensem e
depois respondam.
Ao final cada grupo apresenta suas conclusões com o apoio do
educador.
2 comentários:
Ficou lindo e bem didático por aqui! Obrigadão por trazer esse linda poesia da querida Hull! bjs, chica
Gosto muito de mitologia
bjokas =)
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