Os
porquinhos Juca, Pipo e Lilo já são porquinhos adultos e resolveram cada um
construir a sua própria casa, que seria o lar de sua família, no futuro.
Juca
construiu uma casa de palha e assim que terminou foi dormir, que é o que ele
mais gosta de fazer. E Juca pretende dormir bastante, agora que não tem sua mãe
por perto para lhe alertar sobre a preguiça.
Pipo é um
pouco mais organizado e resolveu fazer sua casa de madeira e galhos de árvores,
para suportar ventos e chuvas. Assim que terminou a casa foi descansar, pois
estava muito cansado.
O porquinho
Lilo trabalhou por várias semanas para construir uma casa forte, com um bom
alicerce, paredes de tijolos e janelas e portas com fechaduras, tudo muito
seguro. Sua nova casa é bonita e segura como seu antigo lar e Lilo, quando
terminou de construí-la convidou sua mãe para lhe fazer uma visita.
Perto de
onde foram morar Juca, Pipo e Lilo mora um lobo, que eles pensavam que era mau.
Mas estavam enganados, pois o lobo já estava idoso, tinha orelhas e nariz muito
grandes e apesar da aparência de mau era, na verdade, um lobo bom, quieto e sem
muitos amigos.
Tudo ia
muito bem, até que chegou a primavera, a mais bela das estações. Qual o
problema? O problema é que Zoé, esse é o nome do lobo, é alérgico a pólen de
flores. Ele costuma espirrar muito, tossir sem parar, ficar com os olhos
vermelhos e ter coceiras no nariz e, às vezes, coçar todo o corpo sem conseguir
parar.
Aos
primeiros sinais da alergia, Zoé foi ao médico, Sr. Orestes, que lhe tratava há
muitos anos. Na volta para casa, passou na farmácia, que estava lotada, e
comprou o remédio.
Espirrou por
todo o trajeto, seu nariz estava vermelho como um pimentão e seu corpo todo
coçava. Quem o observou pelo caminho achou o lobo muito esquisito: parecia
muito feio e bravo, principalmente quando tossia e se coçava sem parar.
Chegando em
casa, o lobo imediatamente pegou um copo d’água e o remédio para tomar. Pegou a
caixa e logo percebeu que haviam lhe dado o remédio errado na farmácia. O
remédio de Zoé para alergia foi trocado por outro parecido, porém para dor de
barriga.
Entre
espirros, tossidas e coceiras, o lobo resolveu pedir ajuda aos porquinhos, seus
novos vizinhos, pois se tivesse que ir até a farmácia iria piorar muito, pois o
caminho era cheio de flores nesta época.
Quando
chegou na casa de Juca para perguntar se ele poderia destrocar o remédio, Zoé
bateu na porta e enquanto aguardava que o porquinho atendesse, sentiu uma
enorme vontade de espirrar e deu um enorme espirro, e mais outro, e outro e
outro... Quando conseguiu parar de espirrar viu que havia derrubado a frágil
casinha do porquinho.
O lobo não
conseguiu sequer pedi desculpas ao porquinho, muito menos explicar que
precisava de ajuda, pois Juca fugiu apavorado e foi se esconder na casa de seu
irmão Pipo.
Como
continuava se sentindo muito mal, tossindo e espirrando, mas certo de que
tomaria mais cuidado para não derrubar a casa do próximo vizinho, o lobo foi
até onde morava Pipo.
Zoé chegou
perto e chamou pelo vizinho. Como sua voz estava fraca e ele espirrava e tossia
muito, o lobo imaginou que ninguém tinha conseguido ouvi-lo. Chegou mais perto
e, antes que conseguisse bater na porta para pedir ajuda, começou a tossir
muito, pois parecia que alguém passava uma peninha em sua garganta. Tossiu alto,
muitas vezes e muito forte, para ver se a peninha parava de incomodar. Quando
conseguiu parar, notou que a casa do vizinho estava demolida, e que os dois
porquinhos corriam de medo dele.
O lobo ficou
muito chateado pelo que aconteceu, mas decidiu ir até a casa do porquinho Lilo,
não apenas para que eles lhe ajudassem a trocar o remédio, mas para pedir
desculpas e avisar que assim que melhorasse alergia iria ajudar a reconstruir
as casas dos dois porquinhos.
Chegando na
casa de Lilo, bateu na porta e esperou. Enquanto esperava, espirrou um pouco e
coçou o nariz, que ficou mais vermelho ainda. Como ninguém atendeu, bateu de
novo. Depois de algum tempo, apareceu na janela Lilo, que gritou:
- Vá embora,
seu lobo. Esta casa você não vai conseguir derrubar! Estamos seguros aqui, e
não seremos seu jantar! O lobo
explicou então que era apenas um velho lobo doente que precisava de alguém que
fosse até a farmácia destrocar o seu remédio da alergia.
Por favor,
não consigo parar de espirrar e tossir. Meu nariz coça muito e meus olhos estão
vermelhos de tanto coçar. Preciso de ajuda! Se eu tiver que ir até a farmácia,
ficarei pior.
Os
porquinhos ficaram desconfiados e não abriram a porta. O velho lobo pediu mais
uma vez, enquanto tossia e espirrava:
- Por favor,
eu tenho alergia na primavera, preciso do remédio...
Os
porquinhos observaram o lobo por alguns instantes e puderam perceber que ele
parecia furioso e espirrava e tossia sem parar.
Lilo lembrou
aos irmãos que não devemos julgar os outros pela aparência. Então pensaram bem
e resolveram deixar o lobo entrar e ouvir melhor o que ele tinha a dizer.
O lobo
agradeceu e contou que tinha essa alergia na primavera desde criança e que
precisava de ajuda, pois não podia ficar sem o remédio.
Os
porquinhos perceberam que o lobo não era mau como pensavam e, apesar do aspecto
esquisito, parecia ser muito legal.
Pipo, então,
foi rapidamente até a farmácia e trouxe o remédio certo para Zoé. O lobo tomou
o remédio e logo começou a se sentir melhor. Ele agradeceu muito a ajuda, pediu
desculpas pelo susto que deu nos porquinhos e prometeu ajudar a reconstruir as
casas deles.
Todos riram
muito quando ele contou que seu apelido quando criança era ATCHIM, como o
anãozinho da Branca de Neve.
Lilo serviu
suco de frutas para todos e eles se sentaram na biblioteca, longe do pólen das
flores, para conversar, começando ali uma grande amizade.
Os
porquinhos sempre contam essa história aos seus filhos para que eles percebam
que não devemos julgar alguém pela sua aparência física, pois podemos nos
enganar sobre a pessoa e deixar de conhecer um novo amigo. Além disso, Juca e
Pipo aprenderam que quando temos que fazer algo, é importante fazer com carinho
e dedicação, como sua mãe sempre lhes ensinara, pois trabalhos malfeitos podem
acabar como as suas casinhas, que tiveram que ser reconstruídas, desta vez com
menos preguiça e mais cuidado.
História
adaptada do clássico original “Os Três Porquinhos” do autor Joseph Jacobs
CONVERSANDO SOBRE A HISTÓRIA.
A história
nos mostra que cada porquinho poderia construir sua casa como quisesse.
Será
que Juca e Pipo construíram a casa da maneira certa?
Não, porque a preguiça e a má vontade
não deixaram. Eles acharam que tinham liberdade de não dar satisfação a
ninguém, podendo fazer o que quisessem, como e quando desejassem. Quando
estavam em casa e a mamãe estava sempre pedindo para que eles trabalhassem para
ajudar nos serviços de casa achavam ruim, mas depois perceberam que é
necessário trabalho e organização para manter uma casa em ordem.
E Lilo?
Lilo
havia aprendido as lições que sua mãe, tão carinhosamente, ensinara a todos
eles. Quando construiu sua casa, teve a oportunidade de colocar na prática o
que havia aprendido. Sua casa demorou para ser construída, mas tinha um bom
alicerce e era bem segura. Quando ficou pronta ele logo começou a arrumá-la, e
enfeitá-la, pois não via a hora de convidar sua querida mamãe para uma visita.
Perguntas:
O que
acontece quando fizemos as coisas com preguiça e má-vontade?
- Os nossos trabalhos saem mal feitos e muitas
vezes temos que os refazes.
O lobo Zoé
era legal, bondoso, amigo, era bonito?
- Era leal e amigo, mas não era
bonito. Beleza não significa bondade.
Só as
pessoas bonitas são boas? Por quê?
- Não, porque uma coisa não está
ligada a outra, não devemos julgar as pessoas ou as situações pelas aparências.
- Devemos
julgar uma pessoa pelo seu corpo físico?
Não, o presente independe do pacote.
- Devemos
ajudar o nosso próximo?
Sim e isso nos deixará alegres e
satisfeitos, mesmo quando não recebemos agradecimentos pelo bem que fizermos.
Responsabilidade:
Grupo Espírita Seara do Mestre
www.searadomestre.com.br/evangelizacao.
3 comentários:
Olá Jeanne! Vim conhecer seu blog e retribuir sua visitinha!
Também já sou sua seguidora e adorei essa versão para a historia dos 3 porquinhos!
Abraços,
Gilmara.
Adorei a relembrar esta historia da minha infância.
Obrigado pela visita ao meu blog.
Um abraço e boa semana.
Saudações Jeanne! Adorei seu blog e esta historinha, achei fantástica!!!!! Retribuindo a visita, estarei te adicionando aos favoritos e te seguindo para poder sempre vir ver suas atualizações! Beijos e abraços!
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