segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A lenda de Obiricí, Uma lenda da cidade de Porto Alegre.


Monumento à Índia Obirici.

(Fonte: IMAGENS DE 20/01/2002, do site WCAMS)

Antigamente, o território onde foi erguida Porto Alegre era ocupado por duas tribos indígenas: Tapiaçu, que ocupava o cume do Morro Santa Tereza; e Tapimirim, que  se situava às margens do atual rio Gravataí.
Conta a lenda que Obirici, a filha predileta do cacique dos Tapimirim, teria se apaixonado e morrido de amor por Upatã, filho mais velho do cacique da tribo Tapiaçu. Todavia, outra índia também se apaixonara pelo guerreiro. A sorte foi então decidida numa competição de arco e flecha, cuja vencedora desposaria Upatã. Muito nervosa, Obirici teria errado o alvo e, em decorrência, perdido sua grande paixão. Teria saído, então, a caminhar por uma grande planície arenosa, onde hoje se situa o bairro Passo da Areia. Cansada, teria se sentado embaixo de uma figueira e ali ficado chorando. Em meio a preces e lágrimas, teria pedido com os braços erguidos ao céu que o deus Tupã viesse buscá-la.  
Teria morrido, assim, de amores por Upatã. Das lágrimas, teria se formado um pequeno riacho, que corria sobre a areia, entre colinas e vales, árvores e plantas. Por isso, as mulheres indígenas que perdiam seus maridos em batalhas buscavam consolo nas "lágrimas de Obirici".
A lenda, registrada pelo escritor José Antônio do Vale Caldre e Fião, era recitada por um velho índio guarani, chamado Vicente, que teria fugido de um dos Sete Povos das Missões, logo após o final da Guerra Guaranítica, ocorrido em 1756.  Em Porto Alegre, que recém estava recebendo seus primeiros habitantes, teria se instalado na área em que atualmente fica o Viaduto Loureiro da Silva.
O riacho foi canalizado e o barulho de suas águas pode ser ouvido embaixo do asfalto. Alí há uma elevada com o nome de Obirici e uma bela estátua que encanta os passantes por sua tristeza.
A estátua em homenagem à índia Obirici foi inaugurada em 13/03/1975, quando o prefeito da época, Telmo Thompson Flores, inaugurou o viaduto no cruzamento das avenidas Plinio Brasil Milano e Brasiliano Índio de Moraes. A escultura foi modelada pelo artista Mário Arjonas e projetada por Nelson Boeira Fairich. (fonte: revista Viva no Sul, Ano 3, Novembro de 2000, p. 10-11)
Da mesma forma como a história de Obirici, a história dos povos indígenas é, invariavelmente, muito triste.
Fonte: http://www.terragaucha.com.br/obirici.htm

4 comentários:

Bell disse...

Adoro lendas

bjokas =)

Unknown disse...

Como pode existir quase a mesma lenda da índia Obirici do rio Mogi Guaçu que nasce em chão Mineiros e rasgando até chãos Paulistas numa extensão de 473 km.
E baseado nessa lenda e td meu apreço pelo o rio, estou lançando um cd com músicas inéditas que falam de sua lenda e conscientização com um forte teor ecológico. E agora?
Ver no grupo do face Homenagem ao rio Mogi Guaçu. Alexandre Braz. Araras SP

Anônimo disse...

adorei a lendaa me ajudou num trabalho da minha escola :)

Unknown disse...

Para os Povos Originários do Brasil não são lendas. São histórias desta terra, de seus povo. As histórias se encontram pelas regiões devido as migrações dos povos. Como os Guaranis, eles sairam da Amazônia em busca de "terra são", boa, pois na época acreditavam que deveriam se deslocar. Então vieram pelas regiões de Mato Grosso, Minas, SP, PR, SC, RS. Assim, as histórias foram passadas de gereação em geração. O rio é vivo, a mata é viva, o mar é vivo, a floresta é viva. Os povos indigenas se percebem em inteireza com os outros seres vivos. Como deveríamos nos perceber também e não destruir em nome de progresso e tecnologia.