Fonte da imagem:
https://pixabay.com/pt/wolf-predador-vida-selvagem-montana-142173/
Por La Fontaine.
Um
lobo e uma raposa tinham nascido ao mesmo tempo e crescido juntos na floresta.
Lá, na cova onde vieram ao mundo, também estudaram juntos as primeiras lições
de vida.
Crescidinhos,
os dois estudantes quiseram conhecer o mundo.
Caladinhos, às escondidas, sem que os pais nada percebessem, fugiram da
toca, correram uma grande distância, afundaram-se na floresta e depois
começaram a perambular de mata em mata.
No
meio de um campo onde tinham chegado, e que lhes pareceu infinitamente extenso,
estava um belo cavalo alto e gordo pastando sossegadamente, sem dar a mínima
importância aos dois viajantes.
Estes,
quando o viram, pararam estupefatos, sem saber o que fazer. Estavam a ponto de
fugir desabaladamente, pois o medo era terrível.
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Quem será? Perguntou, afinal, a raposa, um tanto senhora de si.
O
lobinho, que se julgava um sábio, também não sabia. Como não queria confessar
sua ignorância, começou a falar entredentes, enquanto coçava uma orelha.
- Eu
sei, sei muito bem. O seu nome está na ponta da minha língua! É que, no
momento, não sou capaz de lembrar-me...
-
Pois bem, propôs a raposa, o melhor é irmos perguntar-lhe, em vez de ficarmos
aqui parados, enquanto a memória está falhando.
Encaminhando-se para perto do cavalo, fez-lhe uma graciosa reverência e
perguntou ao desconhecido:
- Ilustríssimo
senhor, estes vossos humildes servidores desejam saber qual o vosso nome?
O
interpelado, a quem aqueles intrusos estavam aborrecendo, respondeu
atravessadamente:
-
Meu nome está escrito nas minhas ferraduras. Se quiserem sabê-lo, leiam! E
ergueu uma pata traseira.
A
raposa, muito finória, desculpou-se, dizendo que era ainda muito criança e não
sabia ler bem; enquanto que o lobinho, querendo aproveitar a oportunidade para
exibir-se vaidosamente diante daquele soberbo animal, foi depressa ler o nome
na ferradura.
O
cavalo deu-lhe, então, um valente coice, atirando-o longe.
- Ai... ai... ai... gritou o bichinho, cheio
de dores, mas ainda capaz de correr e fugir.
A raposa, correndo a seu lado,
perguntou-lhe zombeteira:
-
Esta lição você ainda não tinha estudado?
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MORAL DA HISTÓRIA
A soberba pode nos levar a situações perigosas. Portanto, nunca devemos fingir conhecer o que, de fato, desconhecemos apenas para satisfazer nosso orgulho.
A soberba pode nos levar a situações perigosas. Portanto, nunca devemos fingir conhecer o que, de fato, desconhecemos apenas para satisfazer nosso orgulho.
Um comentário:
O que é engraçado, é que quando novos, achamos que tudo sabemos.
Mas, com a idade, percebemos, que por mais que levemos coice, chegamos à conclusão, que nada conhecemos.
Cada pessoa é única, cada situação nos coloca à prova, todos os dias.
Obrigada, abraços carinhosos
Maria Teresa
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